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Mostrando postagens de março, 2015

Casa 22: Santos (a casa definitiva)

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Desde a primeira vez que vi o mar, quando eu já estava quase entrando na adolescência, tive o sonho de morar perto dele.  Talvez tenha sido por isso que o quadro "Rooms by the sea", do Edward Hopper, tenha sempre me impressionado tanto. Essa vontade me levou a prometer a mim mesma que, quando me aposentasse, iria morar junto do mar. Mas nunca sonhei com uma casinha numa aldeia de pescadores, meu imaginário sempre foi mais urbano: queria um apartamento numa grande cidade, junto do mar e, de preferência, perto de São Paulo. Assim, Santos foi praticamente uma escolha inevitável. Ao contrário de muita gente, eu só conheci Santos depois de adulta. Minhas férias na praia, quando criança, dividiam-se entre Peruíbe e Iguape. Meu pai não gostava de cidades grandes. Uma vez, logo que comprou seu primeiro carro, ele tentou nos levar a Santos, mas desistiu ao chegar em São Paulo. Frustração! Por causa dessa ausência de vínculos familiares ou históricos com a cidade, muita gente estranha

Casa 21b: São Paulo (Paraíso)

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Esta série de posts, antes de chegar ao fim, precisa de um adendo, já que eu tenho vivido simultaneamente, desde 2000, sempre em duas casas. Não seria justo não falar, portanto, da casa da Carmem, em São Paulo, onde tenho passado grande parte dos meus dias. Ao longo desses anos da nossa relação, o  apartamento foi deixando de ser exclusivamente dela, uma vez que meu espaço ali foi ficando cada vez maior e mais estabelecido. Para efeito de geolocalização, entretanto, ele continua sendo "o apartamento da Carmem"... Muitas ocasiões importantes da minha vida se passaram ali, inclusive - como se pode ver na foto logo abaixo - algumas de minhas festas de aniversário. Tenho até mesmo um pedacinho do escritório só pra mim, como a outra foto demonstra. Houve também algumas situações difíceis, como aquelas em que eu fiquei ali me recuperando de problemas de saúde. Mas desses dias difíceis eu não vou incluir foto! Pra terminar, quero contar que o momento mais legal que vivemos ali foi o

Casa 21: Assis (Vicenza - frente)

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A mudança para o meu primeiro apartamento próprio consistiu em descer todas as minhas coisas um lance de escadas. Ah, acho que eu não tinha contado: esse prédio não tinha elevadores... Eram 3 lances de 18 degraus para chegar ao primeiro apartamento, no último andar. Agora eu passaria de 54 para 36 degraus, uma redução significativa! Este segundo apartamento ficava na frente do prédio, o que me trazia vantagens e desvantagens. A vista do pôr do sol ficou prejudicada, mas passei a ter um ambiente mais fresco, livre do sol escaldante das tardes de verão. Uma outra questão foi a de ter de me acostumar com os barulhos da rua, que eu não ouvia enquanto morava na parte dos fundos. Mas esses pequenos inconvenientes não chegaram a me incomodar tanto, diante do fato de finalmente poder morar num lugar sem pagar aluguel pela primeira vez em minha vida adulta. E como não teria de dar satisfações a um senhorio para poder quebrar paredes, minha primeira providência foi comprar um ar condicionado par

Casa 20: Assis (Vicenza - fundos)

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Era um apartamento com vista para o pôr do sol, nos fundos de um edifício pequeno, no último andar. Quando me mudei para lá, ainda havia bem pouca gente morando no prédio. Era um pouco assustador. Não havia nem mesmo convenção do condomínio, nem síndico, nem um monte de coisas que fazem um conjunto de apartamentos funcionar de modo normal. Até a construtora do prédio era iniciante no ramo. Houve inclusive um dia em que um dos responsáveis pela empresa apareceu por lá pra saber o que tínhamos achado dos apartamentos. Foi um mar de queixas... Mas aos poucos tudo foi entrando nos eixos e funcionando relativamente bem. Morar ali no edifício Vicenza marcou para mim o início de uma nova fase, com a vida mais tranquila, com estabilidade profissional, maturidade, amigos, amores. Além disso, naquele prédio vivi uma experiência totalmente nova: morar durante muitos anos num mesmo lugar. Eu simplesmente nunca tinha ficado mais de 4 anos numa mesma casa! Pela primeira vez pude acompanhar as mudanç