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Mostrando postagens de junho, 2010

Civilização e barbárie.

Dia desses vivi uma situação que me fez pensar. Começo pelo relato dos acontecimentos. Era dia de jogo do Brasil, nessa primeira fase da Copa. Eu tinha ido almoçar e estava voltando pra casa, um pouco antes do horário do início do jogo. Em plena Avenida Paulista, havia um vendedor de vuvuzelas, como era de se esperar. Ele trazia, no entanto, um instrumento que eu ainda não tinha visto (embora já tivesse ouvido falar dele): uma vuvuzela dupla, em que, a partir de um só bocal, distribui-se o sopro por duas cornetas. Eu me aproximei do vendedor e perguntei como aquilo funcionava, porque queria ter uma dimensão do tamanho do barulho e ele, todo feliz, fez uma demonstração para mim, certo de que tinha ganhado uma freguesa... Eu ouvi aquilo e disse pra ele minha opinião sobre o aparato: "Inferno em dose dupla!" O vendedor imediatamente se contrapôs e disse: "Nada disso: quem quer sossego fica em casa: entra, fecha a porta e pronto!" Eu fui andando e pensando nessa frase.

Civilização e barbárie.

Dia desses vivi uma situação que me fez pensar. Começo pelo relato dos acontecimentos. Era dia de jogo do Brasil, nessa primeira fase da Copa. Eu tinha ido almoçar e estava voltando pra casa, um pouco antes do horário do início do jogo. Em plena Avenida Paulista, havia um vendedor de vuvuzelas, como era de se esperar. Ele trazia, no entanto, um instrumento que eu ainda não tinha visto (embora já tivesse ouvido falar dele): uma vuvuzela dupla, em que, a partir de um só bocal, distribui-se o sopro por duas cornetas. Eu me aproximei do vendedor e perguntei como aquilo funcionava, porque queria ter uma dimensão do tamanho do barulho e ele, todo feliz, fez uma demonstração para mim, certo de que tinha ganhado uma freguesa... Eu ouvi aquilo e disse pra ele minha opinião sobre o aparato: "Inferno em dose dupla!" O vendedor imediatamente se contrapôs e disse: "Nada disso: quem quer sossego fica em casa: entra, fecha a porta e pronto!" Eu fui andando e pensando nessa frase.

Assim caminha a humanidade...

Vi uma matéria publicada hoje no Estadão (o link está aqui ), anunciando que as queixas sobre barulho feitas ao 190 da Polícia Militar cresceram 226% de 2006 a 2010. A equipe do jornal acompanhou o trabalho da PM numa noite de sexta-feira fria: foram 448 chamados ao 190 por causa de barulho. Segundo a matéria, em noites de calor esse número sobe de modo significativo. Durante a semana, a média é de 392 casos, crescendo para 1.118 de sexta-feira a domingo. As ocorrências são motivadas por festas, bebedeiras, rezas, cantorias e rojões e geralmente ocorrem nos bairros mais periféricos. Segundo a PM, nos bairros mais centrais, os problemas maiores são com igrejas e bares, mas os vizinhos mais "escolados" já apelam direto ao Psiu. A PM acaba ficando responsável pelas ocorrências mais periféricas e eventuais: "Multar bares com alvará é fácil. Agora, como fechar uma festa na periferia ou um boteco sem alvará?", diz o Major Ulisses Puosso, comandante do Copom. Os casos narr

Assim caminha a humanidade...

Vi uma matéria publicada hoje no Estadão (o link está aqui ), anunciando que as queixas sobre barulho feitas ao 190 da Polícia Militar cresceram 226% de 2006 a 2010. A equipe do jornal acompanhou o trabalho da PM numa noite de sexta-feira fria: foram 448 chamados ao 190 por causa de barulho. Segundo a matéria, em noites de calor esse número sobe de modo significativo. Durante a semana, a média é de 392 casos, crescendo para 1.118 de sexta-feira a domingo. As ocorrências são motivadas por festas, bebedeiras, rezas, cantorias e rojões e geralmente ocorrem nos bairros mais periféricos. Segundo a PM, nos bairros mais centrais, os problemas maiores são com igrejas e bares, mas os vizinhos mais "escolados" já apelam direto ao Psiu. A PM acaba ficando responsável pelas ocorrências mais periféricas e eventuais: "Multar bares com alvará é fácil. Agora, como fechar uma festa na periferia ou um boteco sem alvará?", diz o Major Ulisses Puosso, comandante do Copom. Os casos narr

Vovó viu a vuvuzela.

Imagem
Já começo avisando: eu não gosto de futebol. Não tenho um time preferido e praticamente me obrigo a ver os jogos do Brasil na Copa. Geralmente enquanto faço alguma outra coisa pra me distrair do tédio que aqueles 90 minutos me causam. Não deixo de assistir porque também não quero ficar de fora dos papos e noticiários, que em época de Copa só versam sobre esse tema. Agora em 2010, a reboque das conversas e notícias, surgiu a palavra "vuvuzela", que eu nunca tinha ouvido antes. Lá fui eu em busca de informações, portanto! Descobri graças ao Google que se trata de uma corneta usada na África do Sul, durante os jogos de futebol. Até aí, nada de novo. As novidades preocupantes apareceram depois, quando achei algumas notícias relacionadas ao volume do ruído de uma vuvuzela: 114 decibéis. Tocando simultaneamente, chegam a 127 decibéis. Muito mais do que um helicóptero decolando (98 decibéis), do que o trânsito infernal de São Paulo (média de 80 decibéis na Marginal do Tietê). Tambo

Vovó viu a vuvuzela.

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Já começo avisando: eu não gosto de futebol. Não tenho um time preferido e praticamente me obrigo a ver os jogos do Brasil na Copa. Geralmente enquanto faço alguma outra coisa pra me distrair do tédio que aqueles 90 minutos me causam. Não deixo de assistir porque também não quero ficar de fora dos papos e noticiários, que em época de Copa só versam sobre esse tema. Agora em 2010, a reboque das conversas e notícias, surgiu a palavra "vuvuzela", que eu nunca tinha ouvido antes. Lá fui eu em busca de informações, portanto! Descobri graças ao Google que se trata de uma corneta usada na África do Sul, durante os jogos de futebol. Até aí, nada de novo. As novidades preocupantes apareceram depois, quando achei algumas notícias relacionadas ao volume do ruído de uma vuvuzela: 114 decibéis. Tocando simultaneamente, chegam a 127 decibéis. Muito mais do que um helicóptero decolando (98 decibéis), do que o trânsito infernal de São Paulo (média de 80 decibéis na Marginal do Tietê). Tamb