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Mostrando postagens de dezembro, 2016

Ela e eu (5)

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2016 começou com o desfile da Mangueira homenageando Maria Bethânia. Carmem e eu decidimos aproveitar a chance e ir ao Rio assistir tudinho diretamente do Sambódromo! Foi lindo, e foi a nossa estreia no carnaval carioca! E pra melhorar, a Mangueira foi a escola campeã de 2016. Não tinha pra ninguém! Se alguém ainda não ouviu o delicioso samba-enredo, tem  aqui . Pouco depois, a gravadora de Bethânia, Biscoito Fino, começou a pedir aos fãs que enviassem fotos tiradas nos shows "Abraçar e agradecer" e nos demais eventos de homenagem à cantora, para que fossem incluídas no dvd que seria lançado. Mandei umas fotos e esqueci. Em setembro deste ano, fui contactada pela produção de Maria Bethânia, que queria autorização para usar fotos minhas no dvd. Quase morri de susto! Estava viajando, recebi as mensagens pelo WhatsApp, e tive de movimentar pessoas em São Paulo para conseguir os arquivos originais das fotos para mandar para a Biscoito Fino. Imaginei que minhas imagens fossem inte

Ela e eu (4)

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Em 2015, Bethânia comemorou 50 anos de carreira e, em 2016, os 70 anos de vida. Foram dois anos de muitos eventos. Um deles foi a exposição de fotos "Maria de todos nós", que foi feita do Paço Imperial, de 3 de julho a 13 de setembro de 2015, organizada por Bia Lessa e Ana Basbaum. Recebi um aviso de que os fãs poderiam encaminhar arquivos de imagens para os organizadores, pois haveria uma sala só de fotos da cantora. Mandei algumas, de vários shows, nem lembro quantas foram, no total. Foram selecionadas quatro, uma do "Brasileirinho", outra de "Tempo, tempo, tempo, tempo", uma de "Amor, festa e devoção" e a última do "Abraçar e agradecer": Quando a exposição foi aberta, eu ainda não sabia quais fotos minhas teriam sido escolhidas. E eu estava viajando! As primeiras notícias chegaram por amigos que foram lá e viram meu nome e minhas fotos. Assim que cheguei de viagem, corri para o Rio de Janeiro e lá estavam elas, entre outras muitas fo

Ela e eu (3)

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Foram muitos shows, desde aquele primeiro "Imitação da vida". Numa contagem que fizemos aqui, foram quase 30, até o presente momento. Houve até um show em Buenos Aires, no Teatro Gran Rex, uma experiência única. Lembro-me de, ao final, ouvir de um argentino que tínhamos a melhor cantora do mundo em nosso país! Ah, e Caetano Veloso estava na plateia, bem pertinho de nós... No "Brasileirinho", em 2004, comecei a fotografar durante o espetáculo. Lembro que fiz ali uma foto de que gosto muito, embora a câmera que usei não fosse das melhores: Apesar da pouca qualidade da imagem, a foto fez sucesso na comunidade Maria Bethânia no extinto Orkut. Lá, fiz amizade com vários fãs da cantora e assim começamos a frequentar os shows em grupo. No final, sempre esperávamos pra ver se conseguíamos algum acesso ao camarim, para poder ver de perto nossa diva. Em 2005, pela primeira vez, consegui. Foi numa das vezes em que assistimos ao "Tempo, tempo, tempo, tempo", em São Pa

Ela e eu (2)

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Mas voltemos um pouco no tempo, lá para o final dos anos 70, quando decidi estudar Letras. Eu havia me tornado fã de poesia. Claro que Bethânia, com seus poemas de Pessoa, tinha de certa forma contribuído para isso. Mas a minha grande paixão literária, como muitos já sabem, é Cecília Meireles. Foi por ela que decidi me dedicar aos estudos literários. Naquele ano em que prestei o vestibular para Letras, 1977, Bethânia lançava o LP "Pássaro da manhã". Na primeira faixa, ela declamava o poema "Eros e Psiquê", de Fernando Pessoa. Ouvi tanto que, mais uma vez, decorei... Se quiserem ouvir, tem  aqui . Em 1985, comecei a dar aulas em cursos de Letras nas faculdades particulares de São Paulo. Quando dei por mim, tinha virado professora de literatura portuguesa, principalmente. Entre os poemas que usava em minhas aulas, estava, claro, "Eros e Psiquê". Em 1991, prestei concurso para professora de literatura portuguesa na Unesp, em Assis. Na prova escrita, mal conse

Ela e eu (1)

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Claro que eu me lembro de "Carcará". Não havia quem, naquele ano de 1965, não conhecesse pelo menos o verso "pega, mata e come", mesmo para uma criança de 5, 6 anos, como era eu naquele momento. Depois segui ouvindo Maria Bethânia, provavelmente na vitrola de meus primos mais velhos. Mas o impacto seguinte aconteceu quando meu pai começou a comprar os fascículos da História da MPB, da Abril Cultural. No primeiro deles, dedicado a Noel Rosa, estava aquela voz diferente cantando "Três apitos", acompanhada só por um violão. Havia um momento até em que eu imaginava que ela ria, enquanto cantava os versos "Vou virar guarda-noturno / e você sabe por quê"... Ouvi muitas vezes, quase gastei o disco, que era de um formato intermediário entre o compacto e o LP, com 10 polegadas. Pouco depois, quando foi lançado o "Drama 3° ato", comprei o LP com as economias da minha mesada. Foi um divisor de águas, para mim. Ouvi tanto aquele vinil que até minha