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Mostrando postagens de 2011

3 anos de rabugice

Post bem rápido, só pra lembrar que hoje Psiulândia completa 3 anos de existência! Pois é, 3 anos e quase nada mudou no mundo barulhento em que vivemos! Aliás, algumas coisas talvez tenham piorado... Mas a gente continua brigando! No ano que vem tem mais rabugice! E tomara que em 2012 alguma coisinha, por menor que seja, mude pra melhor, porque eu sou rabugenta mas também sou otimista, né?

3 anos de rabugice

Post bem rápido, só pra lembrar que hoje Psiulândia completa 3 anos de existência! Pois é, 3 anos e quase nada mudou no mundo barulhento em que vivemos! Aliás, algumas coisas talvez tenham piorado... Mas a gente continua brigando! No ano que vem tem mais rabugice! E tomara que em 2012 alguma coisinha, por menor que seja, mude pra melhor, porque eu sou rabugenta mas também sou otimista, né?

Meus 7 links

Minha amiga Cláudia, do blog Aprendiz de viajante, fez uma proposta interessante neste post  aqui : ela indicaria 7 links de seu próprio blog e depois 7 blogueiros para fazerem o mesmo, de forma a alcançar um número cada vez maior de pessoas. Quem acabou me indicando pra participar foi a Carmem, do  De uns tempos pra cá . Assim, aqui vão meus 7 links e a minha lista de 7 blogueiros indicados pra levar adiante o projeto! 1. Meu post mais bonito: Acho um pouco complicado indicar isso, mas acho que escolheria o post que não tem nada a ver com o tom rabugento do blog: o que dediquei à Toní , que foi minha psicóloga nos anos 80 e que faleceu agora em 2011. 2. Meu post mais popular: Isso fica mais fácil: o que teve mais pageviews  foi um em que reclamei de  gente que fala alto demais . 3. Meu post que gerou mais controvérsia: Foi o mesmo anterior, pois rolou até bate-boca nos comentários, de gente reclamando que falar alto  é uma coisa boa... 4. Meu post que ajudou mais gente: Será que a min

Meus 7 links

Minha amiga Cláudia, do blog Aprendiz de viajante, fez uma proposta interessante neste post  aqui : ela indicaria 7 links de seu próprio blog e depois 7 blogueiros para fazerem o mesmo, de forma a alcançar um número cada vez maior de pessoas. Quem acabou me indicando pra participar foi a Carmem, do  De uns tempos pra cá . Assim, aqui vão meus 7 links e a minha lista de 7 blogueiros indicados pra levar adiante o projeto! 1. Meu post mais bonito: Acho um pouco complicado indicar isso, mas acho que escolheria o post que não tem nada a ver com o tom rabugento do blog: o que dediquei à Toní , que foi minha psicóloga nos anos 80 e que faleceu agora em 2011. 2. Meu post mais popular: Isso fica mais fácil: o que teve mais pageviews  foi um em que reclamei de  gente que fala alto demais . 3. Meu post que gerou mais controvérsia: Foi o mesmo anterior, pois rolou até bate-boca nos comentários, de gente reclamando que falar alto  é uma coisa boa... 4. Meu post que ajudou mais gente:

Educação & barbárie.

Há algum tempo, publiquei aqui mesmo neste blog, um post  sobre como a presença de uma faculdade nas proximidades do terminal Barra Funda estava transformando negativamente o local, com a proliferação de bares, excesso de carros, superlotação do Terminal etc. Naquele texto, eu dizia que, segundo meu ponto de vista, não era à toa que os empresários da educação superior em São Paulo procuravam montar seus câmpus na proximidade de estações de metrô, para facilitar o acesso dos alunos às salas de aula, mas sem nenhum planejamento, gerando apenas uma superlotação nos transportes daquela região. O transporte público a serviço do lucro privado, sem nenhuma espécie de contrapartida dos empresários para melhorar o entorno de seus câmpus. Pois bem, quando estou em São Paulo, moro bem ao lado de uma estação de metrô, a Paraíso. Acompanhei, pela janela do apartamento, a construção de dois enormes prédios de uma dessas faculdades particulares. Dá pra ver daqui as salas de aula em funcionamento, ago

Educação & barbárie.

Há algum tempo, publiquei aqui mesmo neste blog, um post  sobre como a presença de uma faculdade nas proximidades do terminal Barra Funda estava transformando negativamente o local, com a proliferação de bares, excesso de carros, superlotação do Terminal etc. Naquele texto, eu dizia que, segundo meu ponto de vista, não era à toa que os empresários da educação superior em São Paulo procuravam montar seus câmpus na proximidade de estações de metrô, para facilitar o acesso dos alunos às salas de aula, mas sem nenhum planejamento, gerando apenas uma superlotação nos transportes daquela região. O transporte público a serviço do lucro privado, sem nenhuma espécie de contrapartida dos empresários para melhorar o entorno de seus câmpus. Pois bem, quando estou em São Paulo, moro bem ao lado de uma estação de metrô, a Paraíso. Acompanhei, pela janela do apartamento, a construção de dois enormes prédios de uma dessas faculdades particulares. Dá pra ver daqui as salas de aula em funcionamento, ag

Muito aquém de um jardim

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Quem acompanha este blog já deve ter lido alguns dos posts em que eu falei sobre um espaço urbano bastante conturbado, situado em cima do Viaduto Paraíso, nas encostas do vale que forma a Avenida 23 de maio. Já foram 4 postagens aqui no blog (todas acessíveis através do marcador Viaduto Paraíso) que se seguiram à primeira, que fiz como convidada no blog da Carmem ( De uns tempos pra cá ). Eu me lembro de que, na ocasião do último post (19 de junho de 2011), havia uma grande movimentação de funcionários da prefeitura, expulsando os moradores, derrubando as casinhas improvisadas e limpando o lixo acumulado. Não resisti e perguntei a um deles o que haveria ali. O funcionário me disse que seria uma praça. Até fiquei mais feliz, afinal aquele espaço teria ainda uma finalidade pública. Sou velhinha, então, na minha cabeça, praça tem aquela cara da música antiga: bancos, flores, jardins. Um lugar agradável para se sentar, encontrar pessoas, ler um livro, ver o movimento da cidade. Hoje, mais

Muito aquém de um jardim

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Quem acompanha este blog já deve ter lido alguns dos posts em que eu falei sobre um espaço urbano bastante conturbado, situado em cima do Viaduto Paraíso, nas encostas do vale que forma a Avenida 23 de maio. Já foram 4 postagens aqui no blog (todas acessíveis através do marcador Viaduto Paraíso) que se seguiram à primeira, que fiz como convidada no blog da Carmem ( De uns tempos pra cá ). Eu me lembro de que, na ocasião do último post (19 de junho de 2011), havia uma grande movimentação de funcionários da prefeitura, expulsando os moradores, derrubando as casinhas improvisadas e limpando o lixo acumulado. Não resisti e perguntei a um deles o que haveria ali. O funcionário me disse que seria uma praça. Até fiquei mais feliz, afinal aquele espaço teria ainda uma finalidade pública. Sou velhinha, então, na minha cabeça, praça tem aquela cara da música antiga: bancos, flores, jardins. Um lugar agradável para se sentar, encontrar pessoas, ler um livro, ver o movimento da cidade. Hoje,

Toní

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Esta é uma postagem atípica, em que não vou reclamar de nada, mas sim expressar uma gratidão a alguém a quem jamais pude fazer saber o quanto lhe sou devedora. Em meados dos anos 80, eu passei por um período de crise. Muitas mudanças aconteceram, e eu estava bastante confusa sobre os rumos que daria à minha vida. Foi então que decidi procurar ajuda de uma psicóloga. Pergunta daqui, pergunta de lá, acabei chegando à Toní. Começava ali uma relação que se estenderia por longos 7 anos. No início, eu relutei muito, usando todo o meu arsenal de racionalidade e me armando contra qualquer tentativa de interpretação das minhas palavras, dos meus sonhos, das minhas atitudes. Houve um dia, entretanto, em que Toní finalmente me fez ver que a resistência também significava. A partir dali, tudo mudou. Uma das lembranças mais vívidas que tenho é a de Toní tentando me convencer a adotar a aquarela como uma forma de expressão menos controlada racionalmente. Segundo ela, como sempre trabalhei com as pal

Toní

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Esta é uma postagem atípica, em que não vou reclamar de nada, mas sim expressar uma gratidão a alguém a quem jamais pude fazer saber o quanto lhe sou devedora. Em meados dos anos 80, eu passei por um período de crise. Muitas mudanças aconteceram, e eu estava bastante confusa sobre os rumos que daria à minha vida. Foi então que decidi procurar ajuda de uma psicóloga. Pergunta daqui, pergunta de lá, acabei chegando à Toní. Começava ali uma relação que se estenderia por longos 7 anos. No início, eu relutei muito, usando todo o meu arsenal de racionalidade e me armando contra qualquer tentativa de interpretação das minhas palavras, dos meus sonhos, das minhas atitudes. Houve um dia, entretanto, em que Toní finalmente me fez ver que a resistência também significava. A partir dali, tudo mudou. Uma das lembranças mais vívidas que tenho é a de Toní tentando me convencer a adotar a aquarela como uma forma de expressão menos controlada racionalmente. Segundo ela, como sempre trabalhei co

Silêncio made in Japan

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Este é o primeiro guest post da Psiulândia, e foi escrito por minha amiga Marcie (@Marcie14), autora do ótimo Abrindo o bico . Ela esteve recentemente em Tóquio e de lá mandou uma série de tweets com a hashtag #tokyorules. Como em muitos deles ela comentava a diferença entre os ruídos urbanos de Tóquio e os de Nova Iorque ou São Paulo, achei que seria o caso de pedir a ela um depoimento mais extenso sobre essas impressões. Para minha surpresa, ela não só aceitou como hoje mesmo, bem cedinho, me mandou o texto que segue. Obrigada, Marcie, rabugenta honorária da Psiulândia! Fico honrada com a sua participação por aqui. Sinta-se à vontade para outras participações!   Imagine uma metrópole onde o Psiulândia não precisaria distribuir tantos psius. Uma cidade onde, na verdade, a Ana teria que inventar outro assunto para blogar. Por tudo que vi (embora infelizmente tenha visto pouco) Tóquio se encaixa perfeitamente nessa categoria.  No começo, eu não estava entendendo do que sentia falta. Até

Silêncio made in Japan

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Este é o primeiro guest post da Psiulândia, e foi escrito por minha amiga Marcie (@Marcie14), autora do ótimo Abrindo o bico . Ela esteve recentemente em Tóquio e de lá mandou uma série de tweets com a hashtag #tokyorules. Como em muitos deles ela comentava a diferença entre os ruídos urbanos de Tóquio e os de Nova Iorque ou São Paulo, achei que seria o caso de pedir a ela um depoimento mais extenso sobre essas impressões. Para minha surpresa, ela não só aceitou como hoje mesmo, bem cedinho, me mandou o texto que segue. Obrigada, Marcie, rabugenta honorária da Psiulândia! Fico honrada com a sua participação por aqui. Sinta-se à vontade para outras participações! Imagine uma metrópole onde o Psiulândia não precisaria distribuir tantos psius. Uma cidade onde, na verdade, a Ana teria que inventar outro assunto para blogar. Por tudo que vi (embora infelizmente tenha visto pouco) Tóquio se encaixa perfeitamente nessa categoria.  No começo, eu não estava entendendo do que sentia falt

Umas com tanto, outras com nada

Introdução: Semanas atrás, numa tweeting conversation entre a Cláudia (link abaixo), Natalie (link abaixo), Carina (link abaixo), Patricia (link abaixo), Carmem (link abaixo) e Marcie (link abaixo), surgiu a ideia de listar os lugares que cada uma considerava "viu-tá-visto". Aí a conversa evoluiu e decidiram fazer também uma segunda lista - com cidades ou países para onde voltariam sempre. Como a idéia parecia boa, uma comentou aqui, outra comentou ali… no fim, a notícia se espalhou e conquistou dezenas de adeptos. Diante disso, decidiu-se fazer uma blogagem coletiva. Segue o meu texto. Uma das situações mais complicadas para mim é quando alguém me pergunta de onde eu sou. Geralmente respondo com outra pergunta, ou uma série de perguntas. Onde nasci, nunca morei. Onde moro, não me sinto enraizada. Minha vida, da mais tenra infância até completar umas três décadas de existência, sempre foi povoada de malas, caixas e caminhões de mudança. Acho que esse início nômade de vida me

Umas com tanto, outras com nada

Introdução: Semanas atrás, numa tweeting conversation entre a Cláudia (link abaixo), Natalie (link abaixo), Carina (link abaixo), Patricia (link abaixo), Carmem (link abaixo) e Marcie (link abaixo), surgiu a ideia de listar os lugares que cada uma considerava "viu-tá-visto". Aí a conversa evoluiu e decidiram fazer também uma segunda lista - com cidades ou países para onde voltariam sempre. Como a idéia parecia boa, uma comentou aqui, outra comentou ali… no fim, a notícia se espalhou e conquistou dezenas de adeptos. Diante disso, decidiu-se fazer uma blogagem coletiva. Segue o meu texto. Uma das situações mais complicadas para mim é quando alguém me pergunta de onde eu sou. Geralmente respondo com outra pergunta, ou uma série de perguntas. Onde nasci, nunca morei. Onde moro, não me sinto enraizada. Minha vida, da mais tenra infância até completar umas três décadas de existência, sempre foi povoada de malas, caixas e caminhões de mudança. Acho que esse início nômade de vida me

Minha avó era blogueira?

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Hoje o post não é pra reclamar de nada... Será que estou doente? Mas falando sério, quero contar hoje a história da minha avó materna, que, durante muitos anos manteve um diário. Embora não tivesse nem concluído o terceiro ano primário, minha avó manteve-se fiel à narração do seu cotidiano. O diário dela não era muito secreto, porque não dava pra imaginar que uma mãe de 9 filhos tivesse assim tanta privacidade para escrever. E quando chegaram os netos, então (entre eles esta xereta que vos escreve), já ficou sabido por muita gente que, lá no meio da bagunça que havia embaixo da escrivaninha dela, havia 3 cadernos com as reflexões da vó. No dia em que ela morreu (eu estava na faculdade), antes de ir ao velório, eu passei pela casa dela. Fui à escrivaninha, encontrei os cadernos e os escondi na minha mala. Fiquei com medo que algum apressado considerasse aquilo como papel velho e jogasse tudo fora! Deixei um recado, na hora de ir embora, dizendo que os cadernos estavam comigo, que me aut

Minha avó era blogueira?

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Hoje o post não é pra reclamar de nada... Será que estou doente? Mas falando sério, quero contar hoje a história da minha avó materna, que, durante muitos anos manteve um diário. Embora não tivesse nem concluído o terceiro ano primário, minha avó manteve-se fiel à narração do seu cotidiano. O diário dela não era muito secreto, porque não dava pra imaginar que uma mãe de 9 filhos tivesse assim tanta privacidade para escrever. E quando chegaram os netos, então (entre eles esta xereta que vos escreve), já ficou sabido por muita gente que, lá no meio da bagunça que havia embaixo da escrivaninha dela, havia 3 cadernos com as reflexões da vó. No dia em que ela morreu (eu estava na faculdade), antes de ir ao velório, eu passei pela casa dela. Fui à escrivaninha, encontrei os cadernos e os escondi na minha mala. Fiquei com medo que algum apressado considerasse aquilo como papel velho e jogasse tudo fora! Deixei um recado, na hora de ir embora, dizendo que os cadernos estavam comigo, que me aut

Mais um rodízio? Ou agora é pra valer?

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Já contei em posts anteriores aqui neste blog as histórias de uma vilazinha encravada nas encostas da Avenida 23 de maio, ao lado do Viaduto Paraíso. Pra quem quiser saber mais, este foi o último post e lá tem link para os anteriores. Pois esses dias, veio a prefeitura mais uma vez visitar a vilazinha. Colocaram um caminhão na calçada da Avenida 23 de maio e começaram a remover o lixo. Carmem, do De uns tempos pra cá (blog onde eu publiquei como convidada o primeiro post desta série), passou por lá e tirou a primeira foto: No dia seguinte, eu vi que o trabalho de remoção do lixo continuava e fotografei também: Só que eles estavam também levando embora os moradores de lá. Havia alguns funcionários da prefeitura, com coletes do Serviço Social, levando embora as pessoas, enquanto os funcionários tiravam o lixo e destruíam as moradias. O cenário final era assim, terra quase arrasada: Mas quem prestar atenção na próxima foto, vai entender porque usei a palavra "quase": Deu pra n

Mais um rodízio? Ou agora é pra valer?

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Já contei em posts anteriores aqui neste blog as histórias de uma vilazinha encravada nas encostas da Avenida 23 de maio, ao lado do Viaduto Paraíso. Pra quem quiser saber mais, este foi o último post e lá tem link para os anteriores. Pois esses dias, veio a prefeitura mais uma vez visitar a vilazinha. Colocaram um caminhão na calçada da Avenida 23 de maio e começaram a remover o lixo. Carmem, do De uns tempos pra cá (blog onde eu publiquei como convidada o primeiro post desta série), passou por lá e tirou a primeira foto: No dia seguinte, eu vi que o trabalho de remoção do lixo continuava e fotografei também: Só que eles estavam também levando embora os moradores de lá. Havia alguns funcionários da prefeitura, com coletes do Serviço Social, levando embora as pessoas, enquanto os funcionários tiravam o lixo e destruíam as moradias. O cenário final era assim, terra quase arrasada: Mas quem prestar atenção na próxima foto, vai entender porque usei a palavra

Há bens que vêm para o mal?

Eu fiquei muito feliz quando vi que as calçadas da Avenida Paulista finalmente foram refeitas de modo a facilitar a vida dos pedestres: cimento lisinho, sem buracos ou protuberâncias traiçoeiras. Tem até faixa guia para deficientes visuais, coisa linda! Mas com a calçada lisinha, apareceram outras ameaças aos pedestres: ciclistas, patinadores e skatistas também querem desfrutar das alegrias da calçada. E aí, pobres pedestres, acabou o sossego. A gente tem de andar por ali o tempo todo desviando dos apressados seres que andam sobre rodas pela calçada. Nos fins de semana, é ainda pior, com mais ciclistas, patinadores e skatistas. Além disso, canteiros, escadas, muretas e até hidrantes viram desafios para as manobras arriscadas de seres sobre patins e skates. A calçada transforma-se em pista de acrobacias e os pedestres têm de passar pelos cantos pra não ficarem sujeitos a algum acidente. Acho justo que exista espaço para todos na cidade: ciclovias para os ciclistas e pistas para patinado

Há bens que vêm para o mal?

Eu fiquei muito feliz quando vi que as calçadas da Avenida Paulista finalmente foram refeitas de modo a facilitar a vida dos pedestres: cimento lisinho, sem buracos ou protuberâncias traiçoeiras. Tem até faixa guia para deficientes visuais, coisa linda! Mas com a calçada lisinha, apareceram outras ameaças aos pedestres: ciclistas, patinadores e skatistas também querem desfrutar das alegrias da calçada. E aí, pobres pedestres, acabou o sossego. A gente tem de andar por ali o tempo todo desviando dos apressados seres que andam sobre rodas pela calçada. Nos fins de semana, é ainda pior, com mais ciclistas, patinadores e skatistas. Além disso, canteiros, escadas, muretas e até hidrantes viram desafios para as manobras arriscadas de seres sobre patins e skates. A calçada transforma-se em pista de acrobacias e os pedestres têm de passar pelos cantos pra não ficarem sujeitos a algum acidente. Acho justo que exista espaço para todos na cidade: ciclovias para os ciclistas e pistas para patinado

Um amor antigo e dois problemas novos

Eu adoro a Livraria Cultura do Conjunto Nacional por vários motivos. Sou cliente de lá desde muito antes de existir a atual livraria, que agora funciona onde era o Cine Astor. O espaço era pequeno: é onde fica a atual seção de livros de arte. Sendo assim, não tinha café, não tinha banca de revista, não tinha teatro e quase não tinha cds e dvds. Também não existiam malucos com tacos de beisebol, e a gente rodava em torno daqueles balcões circulares, pra se inteirar dos lançamentos e levar uns livros novos pra casa. Nem o plano Mais Cultura existia, gente! Daí, quando o Cine Astor fechou, fiquei triste, mas ao ver a nova Livraria Cultura ali naquele espaço, achei lindo e continuei frequentando o local, que eu adoro. Mas vejam só: a mudança pode ter trazido muitas vantagens, mas trouxe também, para mim, dois problemas que até me tiram a vontade de circular por ali. O primeiro deles é a quantidade de filantes de leitura de revistas que montam guarda ali no espaço da banca. Nos fins de sem

Um amor antigo e dois problemas novos

Eu adoro a Livraria Cultura do Conjunto Nacional por vários motivos. Sou cliente de lá desde muito antes de existir a atual livraria, que agora funciona onde era o Cine Astor. O espaço era pequeno: é onde fica a atual seção de livros de arte. Sendo assim, não tinha café, não tinha banca de revista, não tinha teatro e quase não tinha cds e dvds. Também não existiam malucos com tacos de beisebol, e a gente rodava em torno daqueles balcões circulares, pra se inteirar dos lançamentos e levar uns livros novos pra casa. Nem o plano Mais Cultura existia, gente! Daí, quando o Cine Astor fechou, fiquei triste, mas ao ver a nova Livraria Cultura ali naquele espaço, achei lindo e continuei frequentando o local, que eu adoro. Mas vejam só: a mudança pode ter trazido muitas vantagens, mas trouxe também, para mim, dois problemas que até me tiram a vontade de circular por ali. O primeiro deles é a quantidade de filantes de leitura de revistas que montam guarda ali no espaço da banca. Nos fins de se