Uma história de metrô
Sábado à noite, quase meia-noite, estação Consolação do metrô. Na plataforma, duas garotas jovens trocam carinhos enquanto esperam o trem, logo no ponto da primeira porta do vagão.
Na altura da segunda porta, estávamos, Carmem e eu, com uma amiga, voltando de um show de Chico César.
O trem chegou, embarcamos e aí começamos a ouvir a voz alta de um homem - que havia entrado pela terceira porta - dizendo que considerava aquilo uma falta de respeito, que podiam chamá-lo de homofóbico, pois ele não se importava. Falava pra todos ouvirem que algum dia ia fazer uma besteira, mesmo que fosse preso, porque aquilo era um absurdo. E ele olhava diretamente para as duas meninas que, de costas pra ele, continuavam abraçadas, namorando, sem se dar conta de que o motivo da raiva dele era o afeto entre elas.
O homem estava alterado, talvez um pouco bêbado, e a mulher que estava com ele tentava acalmá-lo, mas não adiantava muito: o cara estava profundamente irritado.
Nós três ficamos preocupadas com a situação, mas não vimos por onde tentar resolver.
Chegou a nossa estação, mas antes de descer fui até as meninas e disse pra tomarem cuidado, porque aquele homem estava muito alterado e poderia tentar fazer algo contra elas. Falei que estivéramos monitorando um pouco as reações dele, para tomar alguma providência, se a situação se agravasse, mas que iríamos descer. Elas agradeceram e nós saímos.
Voltamos pra casa pensando no acontecido e querendo acreditar que elas chegariam bem ao destino delas.
Pouco depois, em casa, ouço uma notificação do Messenger no celular. Fui olhar quem tinha escrito, e encontrei uma mensagem de uma menina me agradecendo pelo aviso no metrô, pois ela e a namorada não tinham percebido que as ameaças do homofóbico eram dirigidas a elas. Em resumo: uma delas tinha sido minha aluna, é minha amiga no Facebook e eu não a reconheci na hora do sufoco!
Conversamos um pouco, eu me desculpei por não tê-la reconhecido, e todas nós fomos dormir mais tranquilas, pois não foi dessa vez que o ódio ganhou a parada.
Na altura da segunda porta, estávamos, Carmem e eu, com uma amiga, voltando de um show de Chico César.
O trem chegou, embarcamos e aí começamos a ouvir a voz alta de um homem - que havia entrado pela terceira porta - dizendo que considerava aquilo uma falta de respeito, que podiam chamá-lo de homofóbico, pois ele não se importava. Falava pra todos ouvirem que algum dia ia fazer uma besteira, mesmo que fosse preso, porque aquilo era um absurdo. E ele olhava diretamente para as duas meninas que, de costas pra ele, continuavam abraçadas, namorando, sem se dar conta de que o motivo da raiva dele era o afeto entre elas.
O homem estava alterado, talvez um pouco bêbado, e a mulher que estava com ele tentava acalmá-lo, mas não adiantava muito: o cara estava profundamente irritado.
Nós três ficamos preocupadas com a situação, mas não vimos por onde tentar resolver.
Chegou a nossa estação, mas antes de descer fui até as meninas e disse pra tomarem cuidado, porque aquele homem estava muito alterado e poderia tentar fazer algo contra elas. Falei que estivéramos monitorando um pouco as reações dele, para tomar alguma providência, se a situação se agravasse, mas que iríamos descer. Elas agradeceram e nós saímos.
Voltamos pra casa pensando no acontecido e querendo acreditar que elas chegariam bem ao destino delas.
Pouco depois, em casa, ouço uma notificação do Messenger no celular. Fui olhar quem tinha escrito, e encontrei uma mensagem de uma menina me agradecendo pelo aviso no metrô, pois ela e a namorada não tinham percebido que as ameaças do homofóbico eram dirigidas a elas. Em resumo: uma delas tinha sido minha aluna, é minha amiga no Facebook e eu não a reconheci na hora do sufoco!
Conversamos um pouco, eu me desculpei por não tê-la reconhecido, e todas nós fomos dormir mais tranquilas, pois não foi dessa vez que o ódio ganhou a parada.
Muito triste que em pleno 2015 ainda tenhamos que conviver com estes imbecis. E muito bom que você conseguiu evitar que a coisa piorasse.
ResponderExcluirFoi daquelas coincidências felizes, né? Estar lá, poder avisar e depois ainda ter o bônus de saber que era minha ex-aluna! :-)
ResponderExcluirComo disse a Marcie, que pena que isso ainda acontece! :-(
ResponderExcluirBom que tudo acabou bem!
Nem fale, foi só um susto! Mas teve a boa surpresa depois, né? :-)
ResponderExcluirchato é que se vcs nao estivessem lá, ninguem mais teria se importado né? : (
ResponderExcluirParece que não, viu, Helô... Bem triste!
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