Casa 7: Araçatuba (a casa do suicida)
Mudar de Itapetininga para Araçatuba foi difícil. Eu estava adolescendo, começava a ter amigos, turma, paixonites. E adorava o clima friozinho de lá, a minha escola, a vizinhança.
Deixamos tudo isso para trás e fomos para uma cidade muito quente e distante, onde eu não conhecia ninguém, tendo de começar do zero a conquista de novos amigos.
Para amenizar um pouco o nosso estranhamento, meu pai propôs àquela moça que trabalhou em casa em Bauru, a Elza, que fosse pra Araçatuba, morar com a gente e trabalhar conosco de novo. E ela aceitou! No início foi bom, porque nos ajudou a lidar com as mudanças, mas depois as relações foram azedando e ela voltou para Bauru.
Em Araçatuba, moramos em duas casas, na mesma rua. Este post é sobre a primeira, que ficava pertinho do Tiro de Guerra. Ali tivemos vizinhos que se tornaram amigos, como a família de japoneses que morava ao lado, cheia de crianças mais ou menos da idade dos meus irmãos. Ainda hoje mantemos contato com eles. Em frente, havia uma família também simpática, de quem ficamos amigos. Eles nos contaram, então, que o morador anterior da casa onde estávamos tinha se suicidado exatamente no quarto em que eu dormia.
Estranhamente, não me lembro de ter tido muito medo disso. Embaixo da minha cama havia um buraco nos tacos, e eu tinha certeza de que era o buraco da bala com que ele se matou.
Foi quando morávamos nessa casa que meu irmão mais novo nasceu. Depois de muito anos sem alterações, nossa família passou de 5 para 6 membros. Eu já tinha quase 15 anos nessa ocasião e por isso pude ajudar mais minha mãe a cuidar do meu irmão: trocar fraldas, dar banho, dar mamadeira, fazer dormir... Foi divertido, mas não o bastante para me fazer mudar de ideia e querer ter filhos!
Logo depois, meu pai finalmente criaria coragem de fazer um financiamento e pela primeira vez comprar uma casa. Mas isso já é história para o próximo post.
Deixamos tudo isso para trás e fomos para uma cidade muito quente e distante, onde eu não conhecia ninguém, tendo de começar do zero a conquista de novos amigos.
Para amenizar um pouco o nosso estranhamento, meu pai propôs àquela moça que trabalhou em casa em Bauru, a Elza, que fosse pra Araçatuba, morar com a gente e trabalhar conosco de novo. E ela aceitou! No início foi bom, porque nos ajudou a lidar com as mudanças, mas depois as relações foram azedando e ela voltou para Bauru.
Em Araçatuba, moramos em duas casas, na mesma rua. Este post é sobre a primeira, que ficava pertinho do Tiro de Guerra. Ali tivemos vizinhos que se tornaram amigos, como a família de japoneses que morava ao lado, cheia de crianças mais ou menos da idade dos meus irmãos. Ainda hoje mantemos contato com eles. Em frente, havia uma família também simpática, de quem ficamos amigos. Eles nos contaram, então, que o morador anterior da casa onde estávamos tinha se suicidado exatamente no quarto em que eu dormia.
Estranhamente, não me lembro de ter tido muito medo disso. Embaixo da minha cama havia um buraco nos tacos, e eu tinha certeza de que era o buraco da bala com que ele se matou.
Foi quando morávamos nessa casa que meu irmão mais novo nasceu. Depois de muito anos sem alterações, nossa família passou de 5 para 6 membros. Eu já tinha quase 15 anos nessa ocasião e por isso pude ajudar mais minha mãe a cuidar do meu irmão: trocar fraldas, dar banho, dar mamadeira, fazer dormir... Foi divertido, mas não o bastante para me fazer mudar de ideia e querer ter filhos!
Logo depois, meu pai finalmente criaria coragem de fazer um financiamento e pela primeira vez comprar uma casa. Mas isso já é história para o próximo post.
(Minha irmã e os meninos da vizinhança, prontos para a festa caipira)
(Meu irmão mais novo e os filhos da família japonesa que morava ao lado)
Quantas mudanças, né?
ResponderExcluirEu mudei poucas vezes na vida e acho que não gostaria que tivesse sido diferente.
E o suicida... #cruzcredo, acho que eu teria medo de dormir nesse quarto!
Nos conhecemos nesta época e me lembro que mátavamos aula pra ficar conversando bobagens fazendo versos malucos ali na escola msm. Adorei ler suas histórias.
ResponderExcluirMedrosa!
ResponderExcluirOde à hepatite Sandral, lembra?
ResponderExcluirAna, eu acho q não conseguiria dormir de medo do 'fantasma'!
ResponderExcluirAh, medrosa!!! :-)
ResponderExcluirUma graça seu irmão com os japinhas! Também mudei várias vezes, e foi tão bom... Só que sou medrosa mesmo, sempre quero saber a "história" da casa e em uma dessas, antes do aluguel, até entrevistei os vizinhos porque estava crente que alguém havia morrido ali recentemente. rs
ResponderExcluirMais uma medrosa... :-)
ResponderExcluirAna, estou gostando da história das casas. Esta teve até uma pitada de medo. Deu arrepio o tal buraco de bala.
ResponderExcluirJá fui a outros capítulos das casas, mas comento este (nada como um possível fantasma para animar comentários, né?)
Ah, que bom que está gostando, Susana! Volte sempre!
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirEstou alugando uma casa perto do tiro de guerra. Que número era a sua casa? Rs
Só para previnir rsrs
Hahahaha! 1221!
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