Casa 7: Araçatuba (a casa do suicida)
Mudar de Itapetininga para Araçatuba foi difícil. Eu estava adolescendo, começava a ter amigos, turma, paixonites. E adorava o clima friozinho de lá, a minha escola, a vizinhança. Deixamos tudo isso para trás e fomos para uma cidade muito quente e distante, onde eu não conhecia ninguém, tendo de começar do zero a conquista de novos amigos. Para amenizar um pouco o nosso estranhamento, meu pai propôs àquela moça que trabalhou em casa em Bauru, a Elza, que fosse pra Araçatuba, morar com a gente e trabalhar conosco de novo. E ela aceitou! No início foi bom, porque nos ajudou a lidar com as mudanças, mas depois as relações foram azedando e ela voltou para Bauru. Em Araçatuba, moramos em duas casas, na mesma rua. Este post é sobre a primeira, que ficava pertinho do Tiro de Guerra. Ali tivemos vizinhos que se tornaram amigos, como a família de japoneses que morava ao lado, cheia de crianças mais ou menos da idade dos meus irmãos. Ainda hoje mantemos contato com eles. Em frente, havia uma fam...