A título de contribuição

Nesses últimos dias, andei pensando sobre a forma de interação em redes sociais e cheguei a algumas conclusões provisórias. Vou expor aqui minhas ideias e ver o que acham. Contribuições são bem-vindas.

Quando estamos navegando por uma rede social - vou usar o Facebook como exemplo - muitas vezes sentimos, ao ver uma postagem passando pela nossa timeline, que temos a obrigação ou a necessidade de comentar e emitir a nossa opinião sobre o tema.

Eu acho, porém, que nem sempre é o caso de fazer isso. Vou tentar explicar.

Se algum amigo publica um texto em que demonstra alguma dúvida sobre qualquer questão, por exemplo, se vai chover amanhã, é bacana interagir. Podem aparecer palpites diferentes e todos vão se informar a partir do debate que se estabelecer ali.

Por outro lado, imagine que alguém faz uma postagem dizendo que está adorando alguma coisa, por exemplo, a cor amarela. Se eu também gosto de amarelo, posso interagir com ele, dizer que também gosto dessa cor, que é linda mesmo, que eu adoro flores amarelas, que pintei minha casa de amarelo, que gostaria de ter um fusca amarelo. Vai ser uma festa.

Mas se eu detesto o amarelo, qual a necessidade de fazer um comentário depreciando o amarelo ou mesmo defendendo que o azul é mais bonito? Só pra reforçar a minha diferença? Não precisa, viu? Deixa que aquela postagem continue sendo um espaço de congraçamento dos adoradores do amarelo. Vá para a sua página e crie lá um manifesto em favor do azul e possibilite que todos os amantes do azul se juntem a você numa ode à cor do céu e do mar.

Ou, ainda, uma última hipótese, se você for libriano como eu: diga que ambas são lindas e que - ó que maravilha - juntas formam o verde!

Interagir em redes sociais para questionamentos não solicitados só vale, segundo penso, nos casos em que há um potencial ofensivo na postagem original. Não vou me calar se notar algum posicionamento racista, machista homofóbico ou coisa que o valha. Fora disso, vamos conviver com as nossas diferenças em paz...

Tenho a ligeira impressão de que, atuando nas redes sociais com esses critérios, a gente faz mais amigos e cria menos embaraços para os amigos. Vamos experimentar?

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