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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Casa 19: Assis (brincando de casinha)

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A solução para os meus problemas foi que encontrei uma casa meio híbrida: era quase um apartamento ao rés-do-chão. Explico. Era uma casinha muito pequena, com 2 quartos, sem quintal e totalmente fechada na frente, o que a tornava quase inexpugnável e acalmava meus temores de morar tão pertinho da rua. A garagem era meio estranha, e eu tinha de fazer umas manobras complicadinhas para entrar e sair com o carro - como acontece em grande parte das garagens de edifícios, não é? Quem a alugava para mim era um dekassegui, que tinha juntado dinheiro no Japão e, na volta, comprado alguns imóveis para administrar e ter renda. Enquanto morava ali, descobri que havia um pequeno prédio de apartamentos sendo construído. Fui até lá para investigar e, tendo descoberto qual era a imobiliária que iria administrar algumas das unidades, consegui reservar uma delas para mim. Pronto, havia uma luz no fim do túnel: eu ia poder, em breve, voltar a morar num apartamento de verdade! Ainda bem que tinha essa per

Casa 18: Assis (República)

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Cruzar de volta o rio Paranapanema e voltar para o estado de São Paulo foi um processo longo e difícil. Eu estava gostando de morar em Londrina, uma cidade grande mas tranquila. Nos primeiros meses, portanto, fiquei "em trânsito", mantendo a casa do Paraná e morando provisoriamente em Assis. Na verdade, passei um ano e meio nesse vai e vem. No início, hospedei-me na casa de uma amiga que era minha colega de departamento, enquanto esperava pela vaga numa república de professores que eu tinha conhecido por lá. No início de 1992, transferi minhas poucas coisas para a casa coletiva da rua Rangel Pestana, em Assis. Lá viviam dois professores e uma professora. Para mim, sobrava um quarto úmido que ficava nos fundos da casa. Tinha ali meu colchão (no chão), umas roupas, uns livros. E passava a maior parte do dia no departamento, trabalhando. Nos fins de semana, ia para Londrina, para a minha casa titular. Aos poucos, me dei conta de que aquele trânsito interestadual semanal, embora

Casa 17: Londrina (Quinta da Boa Vista)

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Quando decidi de uma vez por todas que era a hora de deixar o apartamento de São Paulo, na Liberdade, comecei a procurar um lugar pra morar de modo mais permanente em Londrina. Os preços de aluguel lá eram muito mais convenientes que os de São Paulo, então me animei a alugar um apartamento bem maior do que aqueles em que tinha me acostumado a morar. Tinha 3 quartos e ficava num prédio relativamente novo, dentro de um condomínio familiar com playground, churrasqueira, quadra e dezenas de famílias felizes. O conjunto de prédios ficava a meio caminho entre o centro da cidade e a universidade, o que poderia ser bom, caso houvesse transporte público que me permitisse ir direto de casa para o trabalho. Não havia, e assim, finalmente, pela primeira vez na minha vida, comprei um carro, usando para isso o fundo de garantia que obtive na demissão acordada com meu empregador na FMU. De um ano para o outro, me vi morando em um local que não tinha nada a ver com minhas casas anteriores e indo traba

Casa 16: Londrina (república)

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Quando fui prestar o concurso em Londrina, coincidentemente me encontrei, na universidade, com um amigo dos tempos de Araçatuba. Na verdade, ele tinha sido colega de classe do meu irmão, mas acabamos ficando amigos de toda a família. Ele estava trabalhando na UEL e morava com um dos irmãos mais novos, que estudava na universidade. Eles me convidaram a ficar morando com eles, enquanto minha situação não se definisse. E assim fui morar com esses dois irmãos, numa casa que não existe mais, na Avenida Rio de Janeiro. Logo que comecei a trabalhar lá, aconteceu o famoso confisco das poupanças da era Collor. Foi um baque, sobretudo porque o confisco (que não me afetou muito porque eu vivia dura) foi acompanhado de muitas mudanças na economia, e eu fiquei em má situação em muitos momentos. Os meus amigos me ajudaram muito nessa época. Foi ali com eles que assisti aos jogos da Copa de 1990. Os irmãos viam absolutamente TODOS os jogos, e eu às vezes acompanhava a torcida deles. Acho que nunca vi