Casa 17: Londrina (Quinta da Boa Vista)

Quando decidi de uma vez por todas que era a hora de deixar o apartamento de São Paulo, na Liberdade, comecei a procurar um lugar pra morar de modo mais permanente em Londrina. Os preços de aluguel lá eram muito mais convenientes que os de São Paulo, então me animei a alugar um apartamento bem maior do que aqueles em que tinha me acostumado a morar. Tinha 3 quartos e ficava num prédio relativamente novo, dentro de um condomínio familiar com playground, churrasqueira, quadra e dezenas de famílias felizes.

O conjunto de prédios ficava a meio caminho entre o centro da cidade e a universidade, o que poderia ser bom, caso houvesse transporte público que me permitisse ir direto de casa para o trabalho. Não havia, e assim, finalmente, pela primeira vez na minha vida, comprei um carro, usando para isso o fundo de garantia que obtive na demissão acordada com meu empregador na FMU.

De um ano para o outro, me vi morando em um local que não tinha nada a ver com minhas casas anteriores e indo trabalhar de carro. Quanta mudança!

Mas a mudança mais terrível desses dias foi a descoberta de que o condomínio não aceitava cães e, portanto, Paty não poderia ficar. Ou eu me mudava ou Paty teria de ir viver em outro lugar. Foi difícil, mas eu acabei conseguindo que ela fosse adotada por outra dona. Fui visitá-la algumas vezes, na nova casa, mas depois deixei de ir, pois era sempre difícil o reencontro.

Trabalhar na UEL foi uma experiência ótima, mas com data para acabar, pois meu contrato era temporário. No início de 1991, portanto, eu comecei a procurar alternativas, já que provavelmente no final do ano estaria desempregada. Foi nesse momento que soube de um concurso na Unesp, em Assis, bem perto dali, do outro lado do rio Paranapanema.

Depois de um concurso com muitas reviravoltas, em setembro de 1991 fui contratada pela Unesp. No começo, continuei morando em Londrina, mantendo uma vaga numa república de professores amigos meus, em Assis. Mas isso já é assunto para o próximo post.

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(Eu morava nesse prédio, no sétimo andar, do lado esquerdo.)


 

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