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Mostrando postagens de 2010

Historinha pra boi não dormir

Vou hoje usar este espaço pra contar uma historinha ocorrida comigo. Como não tenho mais esperança de um final feliz, contando aqui eu pelo menos desabafo... Em outubro de 2008, eu queria comprar um netbook. Andei pesquisando pelos sites de comparação de preços (Buscapé) e encontrei o melhor preço: 812 reais por um Asus EEEPC900. O preço das lojas andava pela casa dos mil reais, chegando até mil e duzentos. Ou seja , o preço da Oferta Digital - este era o nome da loja, sediada em Guarulhos - era mesmo imbatível. Comecei a procurar informações sobre a loja e descobri que ela era muito bem avaliada, tanto no Buscapé quanto no E-bit, com depoimentos que reafirmavam a qualidade dos serviços da empresa e os bons preços por ela praticados. Liguei pra lá e perguntei sobre os prazos de entrega do netbook, pois eu precisaria dele para uma viagem que faria. Disseram-me que o prazo máximo era de uma semana, mas, já que eles tinham o produto em estoque, provavelmente eu o receberia antes disso. Fi

Historinha pra boi não dormir

Vou hoje usar este espaço pra contar uma historinha ocorrida comigo. Como não tenho mais esperança de um final feliz, contando aqui eu pelo menos desabafo... Em outubro de 2008, eu queria comprar um netbook. Andei pesquisando pelos sites de comparação de preços (Buscapé) e encontrei o melhor preço: 812 reais por um Asus EEEPC900. O preço das lojas andava pela casa dos mil reais, chegando até mil e duzentos. Ou seja , o preço da Oferta Digital - este era o nome da loja, sediada em Guarulhos - era mesmo imbatível. Comecei a procurar informações sobre a loja e descobri que ela era muito bem avaliada, tanto no Buscapé quanto no E-bit, com depoimentos que reafirmavam a qualidade dos serviços da empresa e os bons preços por ela praticados. Liguei pra lá e perguntei sobre os prazos de entrega do netbook, pois eu precisaria dele para uma viagem que faria. Disseram-me que o prazo máximo era de uma semana, mas, já que eles tinham o produto em estoque, provavelmente eu o receberia antes disso. Fi

Psiulândia nas eleições

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Um amigo meu tem um blog chamado No centro das minhas atenções e outro dia ele escreveu um post sobre critérios para não votar em candidatos nessas eleições. Pra quem quiser conhecer o post dele na íntegra, é só clicar aqui . Concordo com ele em praticamente tudo, mas acho que eu resumiria minhas restrições a três, que considero mais graves: 1. Candidato que faz propaganda com carro de som pela rua. Onde eu moro tem alguns candidatos locais que contratam carros para ficar rodando por cada bairro o dia todo. Eu anoto bem direitinho o número deles, só pra ter o cuidado de NÃO votar neles e ainda fazer propaganda contra. 2. Candidato que usa o ridículo recurso de ligar pra casa da gente com aquelas gravações. Será que algum deles realmente pensa que ganha voto assim? Ligações em horas inconvenientes, recados gravados nas caixas postais... Tem candidato que não se toca mesmo! 3. Candidato que manda e-mails ou me adiciona nas redes sociais pra fazer propaganda eleitoral. Denuncio como spam,

Psiulândia nas eleições

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Um amigo meu tem um blog chamado No centro das minhas atenções e outro dia ele escreveu um post sobre critérios para não votar em candidatos nessas eleições. Pra quem quiser conhecer o post dele na íntegra, é só clicar aqui . Concordo com ele em praticamente tudo, mas acho que eu resumiria minhas restrições a três, que considero mais graves: 1. Candidato que faz propaganda com carro de som pela rua. Onde eu moro tem alguns candidatos locais que contratam carros para ficar rodando por cada bairro o dia todo. Eu anoto bem direitinho o número deles, só pra ter o cuidado de NÃO votar neles e ainda fazer propaganda contra. 2. Candidato que usa o ridículo recurso de ligar pra casa da gente com aquelas gravações. Será que algum deles realmente pensa que ganha voto assim? Ligações em horas inconvenientes, recados gravados nas caixas postais... Tem candidato que não se toca mesmo! 3. Candidato que manda e-mails ou me adiciona nas redes sociais pra fazer propaganda eleitoral. Denuncio como spam,

Barulhão bão!

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Neste último domingo, assisti pela primeira vez a um espetáculo do grupo inglês Stomp, e fiquei maravilhada. Pra quem não conhece, basta dar uma googlada nesse nome e se divertir. Tem até filmes no YouTube. São eles também que aparecem numa das propagandas do sistema Dolby de som, nos cinemas. Ficaram famosos fazendo música com latões de lixo presos aos pés, como nesta imagem:   Os caras são bons demais e provam que é possível fazer música com tudo o que consideramos lixo e sucata. Nas mãos - e pés - deles, latões de lixo, placas de trânsito, caixinhas de fósforo, copos de refrigerante, jornal, saco plástico, o próprio corpo, tudo vira instrumento. Para quem é assim tão rabugenta com o mundo barulhento em que vivemos, foi um alívio assistir àquela apresentação. Durante o espetáculo, me lembrei muito de um percussionista brasileiro chamado Loop B, a quem, em abril do ano passado, mencionei num post aqui sobre sacos plásticos. Ele faz um trabalho semelhante ao do Stomp, tirando música de

Barulhão bão!

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Neste último domingo, assisti pela primeira vez a um espetáculo do grupo inglês Stomp, e fiquei maravilhada. Pra quem não conhece, basta dar uma googlada nesse nome e se divertir. Tem até filmes no YouTube. São eles também que aparecem numa das propagandas do sistema Dolby de som, nos cinemas. Ficaram famosos fazendo música com latões de lixo presos aos pés, como nesta imagem: Os caras são bons demais e provam que é possível fazer música com tudo o que consideramos lixo e sucata. Nas mãos - e pés - deles, latões de lixo, placas de trânsito, caixinhas de fósforo, copos de refrigerante, jornal, saco plástico, o próprio corpo, tudo vira instrumento. Para quem é assim tão rabugenta com o mundo barulhento em que vivemos, foi um alívio assistir àquela apresentação. Durante o espetáculo, me lembrei muito de um percussionista brasileiro chamado Loop B, a quem, em abril do ano passado, mencionei num post aqui sobre sacos plásticos. Ele faz um trabalho semelhante ao do Stomp, ti

Pobre Tiradentes!

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Como prometi no post anterior, chegamos à segunda questão. Começo dizendo que eu tenho adoração pelas cidades históricas de Minas, principalmente por Ouro Preto, cidade que me deixa sempre emocionada. Mal começo a enxergar o Itacolomi no horizonte e já fico com os olhos cheios d'água. Ando pelas ruas imaginando tudo o que se passou por lá, olho para as casas e penso no que aquelas paredes centenárias testemunharam, enfim, sou constantemente assombrada pelos fantasmas dos séculos passados que certamente rondam por aquelas ruas. Enquanto estava lá emocionada, andando pelas ruas, encontrei, com muita frequência, carros com aqueles sons potentes, tocando música ruim em volume tão alto que ninguém consegue mais pensar em nada! Em Mariana, inclusive, no domingo, a apresentação de música barroca com violino acompanhando o maravilhoso órgão Arp Schnitger da Sé teve de ser suspensa por alguns minutos, enquanto passava pela rua um desses chatos ambulantes. Fiquei até pensando se a vibração p

Pobre Tiradentes!

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Como prometi no post anterior, chegamos à segunda questão. Começo dizendo que eu tenho adoração pelas cidades históricas de Minas, principalmente por Ouro Preto, cidade que me deixa sempre emocionada. Mal começo a enxergar o Itacolomi no horizonte e já fico com os olhos cheios d'água. Ando pelas ruas imaginando tudo o que se passou por lá, olho para as casas e penso no que aquelas paredes centenárias testemunharam, enfim, sou constantemente assombrada pelos fantasmas dos séculos passados que certamente rondam por aquelas ruas. Enquanto estava lá emocionada, andando pelas ruas, encontrei, com muita frequência, carros com aqueles sons potentes, tocando música ruim em volume tão alto que ninguém consegue mais pensar em nada! Em Mariana, inclusive, no domingo, a apresentação de música barroca com violino acompanhando o maravilhoso órgão Arp Schnitger da Sé teve de ser suspensa por alguns minutos, enquanto passava pela rua um desses chatos ambulantes. Fiquei até pensando se a vibração p

On the road!

No fim de semana passada, Carmem e eu resolvemos fazer um passeio a Mariana, em Minas Gerais, com direito a escapadas pelas vizinhanças, sobretudo a Ouro Preto. A viagem foi ótima e, em seu blog , Carmem contou todas as coisas legais que fizemos por lá. Aqui, entretanto, pra fazer jus ao espírito rabugento do blog, vou falar apenas das coisinhas que me incomodaram na viagem. São basicamente duas. Hoje falo de uma, em outro post eu falo da outra. Indo às cidades históricas de Minas, o primeiro problema é a forma de chegar lá. No nosso caso, pegamos um voo São Paulo - Belo Horizonte e de lá alugamos um carro para ir até Mariana. Saindo do Aeroporto de Confins, não existe NENHUMA placa indicativa de direção a tomar. Saímos para a direita por puro instinto. Pouco depois, a primeira placa indicava quanto faltava para chegar à "cidade"! Cidade? Qual cidade? Confins? Belo Horizonte? Brasília? Londres? Deduzimos que fosse Belo Horizonte e seguimos em frente. Por sorte, era mesmo. Pla

On the road!

No fim de semana passada, Carmem e eu resolvemos fazer um passeio a Mariana, em Minas Gerais, com direito a escapadas pelas vizinhanças, sobretudo a Ouro Preto. A viagem foi ótima e, em seu blog , Carmem contou todas as coisas legais que fizemos por lá. Aqui, entretanto, pra fazer jus ao espírito rabugento do blog, vou falar apenas das coisinhas que me incomodaram na viagem. São basicamente duas. Hoje falo de uma, em outro post eu falo da outra. Indo às cidades históricas de Minas, o primeiro problema é a forma de chegar lá. No nosso caso, pegamos um voo São Paulo - Belo Horizonte e de lá alugamos um carro para ir até Mariana. Saindo do Aeroporto de Confins, não existe NENHUMA placa indicativa de direção a tomar. Saímos para a direita por puro instinto. Pouco depois, a primeira placa indicava quanto faltava para chegar à "cidade"! Cidade? Qual cidade? Confins? Belo Horizonte? Brasília? Londres? Deduzimos que fosse Belo Horizonte e seguimos em frente. Por sorte, era mesmo. Pla

Eu sei o que Gal Costa comeu ontem no jantar!

Ouvi certa vez uma piada da qual gostei muito. Resumidamente, era o seguinte: um náufrago sozinho numa ilha salva outro náufrago, que vinha a ser uma belíssima mulher, atriz famosa. Ela, muito grata, dispõe-se a atender todos os desejos dele, inclusive no campo sexual. Ele fica muito feliz no início, mas alguns dias depois começa a ficar deprimido. A atriz, compadecida, pergunta o que aconteceu e ele disse que tinha um desejo secreto mas não tinha coragem de confessar. Ela se mostra aberta a qualquer coisa, então ele pede que ela se vista de homem, dê uma volta na ilha e e se encontre com ele, como por acaso. Ela atende ao pedido, estranhando um pouco mas curiosa. Quando se encontram, ele logo vai dizendo: "Cara, você não sabe quem eu estou comendo, aquela atriz famosa!" Sempre achei essa piada muito reveladora de um dos traços mais característicos dos seres humanos, que é um certo exibicionismo. Ok, a piada fala dos homens, mas acho que todos somos assim em maior ou menor gr

Eu sei o que Gal Costa comeu ontem no jantar!

Ouvi certa vez uma piada da qual gostei muito. Resumidamente, era o seguinte: um náufrago sozinho numa ilha salva outro náufrago, que vinha a ser uma belíssima mulher, atriz famosa. Ela, muito grata, dispõe-se a atender todos os desejos dele, inclusive no campo sexual. Ele fica muito feliz no início, mas alguns dias depois começa a ficar deprimido. A atriz, compadecida, pergunta o que aconteceu e ele disse que tinha um desejo secreto mas não tinha coragem de confessar. Ela se mostra aberta a qualquer coisa, então ele pede que ela se vista de homem, dê uma volta na ilha e e se encontre com ele, como por acaso. Ela atende ao pedido, estranhando um pouco mas curiosa. Quando se encontram, ele logo vai dizendo: "Cara, você não sabe quem eu estou comendo, aquela atriz famosa!" Sempre achei essa piada muito reveladora de um dos traços mais característicos dos seres humanos, que é um certo exibicionismo. Ok, a piada fala dos homens, mas acho que todos somos assim em maior ou menor gr

Civilização e barbárie.

Dia desses vivi uma situação que me fez pensar. Começo pelo relato dos acontecimentos. Era dia de jogo do Brasil, nessa primeira fase da Copa. Eu tinha ido almoçar e estava voltando pra casa, um pouco antes do horário do início do jogo. Em plena Avenida Paulista, havia um vendedor de vuvuzelas, como era de se esperar. Ele trazia, no entanto, um instrumento que eu ainda não tinha visto (embora já tivesse ouvido falar dele): uma vuvuzela dupla, em que, a partir de um só bocal, distribui-se o sopro por duas cornetas. Eu me aproximei do vendedor e perguntei como aquilo funcionava, porque queria ter uma dimensão do tamanho do barulho e ele, todo feliz, fez uma demonstração para mim, certo de que tinha ganhado uma freguesa... Eu ouvi aquilo e disse pra ele minha opinião sobre o aparato: "Inferno em dose dupla!" O vendedor imediatamente se contrapôs e disse: "Nada disso: quem quer sossego fica em casa: entra, fecha a porta e pronto!" Eu fui andando e pensando nessa frase.

Civilização e barbárie.

Dia desses vivi uma situação que me fez pensar. Começo pelo relato dos acontecimentos. Era dia de jogo do Brasil, nessa primeira fase da Copa. Eu tinha ido almoçar e estava voltando pra casa, um pouco antes do horário do início do jogo. Em plena Avenida Paulista, havia um vendedor de vuvuzelas, como era de se esperar. Ele trazia, no entanto, um instrumento que eu ainda não tinha visto (embora já tivesse ouvido falar dele): uma vuvuzela dupla, em que, a partir de um só bocal, distribui-se o sopro por duas cornetas. Eu me aproximei do vendedor e perguntei como aquilo funcionava, porque queria ter uma dimensão do tamanho do barulho e ele, todo feliz, fez uma demonstração para mim, certo de que tinha ganhado uma freguesa... Eu ouvi aquilo e disse pra ele minha opinião sobre o aparato: "Inferno em dose dupla!" O vendedor imediatamente se contrapôs e disse: "Nada disso: quem quer sossego fica em casa: entra, fecha a porta e pronto!" Eu fui andando e pensando nessa frase.

Assim caminha a humanidade...

Vi uma matéria publicada hoje no Estadão (o link está aqui ), anunciando que as queixas sobre barulho feitas ao 190 da Polícia Militar cresceram 226% de 2006 a 2010. A equipe do jornal acompanhou o trabalho da PM numa noite de sexta-feira fria: foram 448 chamados ao 190 por causa de barulho. Segundo a matéria, em noites de calor esse número sobe de modo significativo. Durante a semana, a média é de 392 casos, crescendo para 1.118 de sexta-feira a domingo. As ocorrências são motivadas por festas, bebedeiras, rezas, cantorias e rojões e geralmente ocorrem nos bairros mais periféricos. Segundo a PM, nos bairros mais centrais, os problemas maiores são com igrejas e bares, mas os vizinhos mais "escolados" já apelam direto ao Psiu. A PM acaba ficando responsável pelas ocorrências mais periféricas e eventuais: "Multar bares com alvará é fácil. Agora, como fechar uma festa na periferia ou um boteco sem alvará?", diz o Major Ulisses Puosso, comandante do Copom. Os casos narr

Assim caminha a humanidade...

Vi uma matéria publicada hoje no Estadão (o link está aqui ), anunciando que as queixas sobre barulho feitas ao 190 da Polícia Militar cresceram 226% de 2006 a 2010. A equipe do jornal acompanhou o trabalho da PM numa noite de sexta-feira fria: foram 448 chamados ao 190 por causa de barulho. Segundo a matéria, em noites de calor esse número sobe de modo significativo. Durante a semana, a média é de 392 casos, crescendo para 1.118 de sexta-feira a domingo. As ocorrências são motivadas por festas, bebedeiras, rezas, cantorias e rojões e geralmente ocorrem nos bairros mais periféricos. Segundo a PM, nos bairros mais centrais, os problemas maiores são com igrejas e bares, mas os vizinhos mais "escolados" já apelam direto ao Psiu. A PM acaba ficando responsável pelas ocorrências mais periféricas e eventuais: "Multar bares com alvará é fácil. Agora, como fechar uma festa na periferia ou um boteco sem alvará?", diz o Major Ulisses Puosso, comandante do Copom. Os casos narr

Vovó viu a vuvuzela.

Imagem
Já começo avisando: eu não gosto de futebol. Não tenho um time preferido e praticamente me obrigo a ver os jogos do Brasil na Copa. Geralmente enquanto faço alguma outra coisa pra me distrair do tédio que aqueles 90 minutos me causam. Não deixo de assistir porque também não quero ficar de fora dos papos e noticiários, que em época de Copa só versam sobre esse tema. Agora em 2010, a reboque das conversas e notícias, surgiu a palavra "vuvuzela", que eu nunca tinha ouvido antes. Lá fui eu em busca de informações, portanto! Descobri graças ao Google que se trata de uma corneta usada na África do Sul, durante os jogos de futebol. Até aí, nada de novo. As novidades preocupantes apareceram depois, quando achei algumas notícias relacionadas ao volume do ruído de uma vuvuzela: 114 decibéis. Tocando simultaneamente, chegam a 127 decibéis. Muito mais do que um helicóptero decolando (98 decibéis), do que o trânsito infernal de São Paulo (média de 80 decibéis na Marginal do Tietê). Tambo

Vovó viu a vuvuzela.

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Já começo avisando: eu não gosto de futebol. Não tenho um time preferido e praticamente me obrigo a ver os jogos do Brasil na Copa. Geralmente enquanto faço alguma outra coisa pra me distrair do tédio que aqueles 90 minutos me causam. Não deixo de assistir porque também não quero ficar de fora dos papos e noticiários, que em época de Copa só versam sobre esse tema. Agora em 2010, a reboque das conversas e notícias, surgiu a palavra "vuvuzela", que eu nunca tinha ouvido antes. Lá fui eu em busca de informações, portanto! Descobri graças ao Google que se trata de uma corneta usada na África do Sul, durante os jogos de futebol. Até aí, nada de novo. As novidades preocupantes apareceram depois, quando achei algumas notícias relacionadas ao volume do ruído de uma vuvuzela: 114 decibéis. Tocando simultaneamente, chegam a 127 decibéis. Muito mais do que um helicóptero decolando (98 decibéis), do que o trânsito infernal de São Paulo (média de 80 decibéis na Marginal do Tietê). Tamb

Celulares & campanhas.

Outro dia recebi de um aluno blogueiro ( Abraçador ), que passeia aqui pela Psiulândia, um e-mail lacônico, dizendo apenas "outro chato", com o link de um vídeo no Youtube. Fui lá ver e era o canal maspoxavida , de um cara chamado PC Siqueira. Parece que só eu não conhecia o cara, que já foi até parar na MTV. É um garoto vesgo, com cara de nerd, falando sobre assuntos variados diante do espelho. Pois bem, no tal vídeo indicado, o garoto fala sobre gente que ouve música no celular, dentro do ônibus, sem fone de ouvido. As propostas radicais dele começam com colocar Beethoven no celular pra fazer guerra de música, jogar pra fora do ônibus os inconvenientes e, por último, propõe uma campanha para que algum sociopata se disponha a matar essas pessoas. Ele fala isso tudo na mais completa impassibilidade, então chega a ficar engraçado e acho que ninguém vai levar a sério a campanha dele. Outra campanha apareceu hoje no Twitter, lançada pelo @gi_groff : "Participe você também

Celulares & campanhas.

Outro dia recebi de um aluno blogueiro ( Abraçador ), que passeia aqui pela Psiulândia, um e-mail lacônico, dizendo apenas "outro chato", com o link de um vídeo no Youtube. Fui lá ver e era o canal maspoxavida , de um cara chamado PC Siqueira. Parece que só eu não conhecia o cara, que já foi até parar na MTV. É um garoto vesgo, com cara de nerd, falando sobre assuntos variados diante do espelho. Pois bem, no tal vídeo indicado, o garoto fala sobre gente que ouve música no celular, dentro do ônibus, sem fone de ouvido. As propostas radicais dele começam com colocar Beethoven no celular pra fazer guerra de música, jogar pra fora do ônibus os inconvenientes e, por último, propõe uma campanha para que algum sociopata se disponha a matar essas pessoas. Ele fala isso tudo na mais completa impassibilidade, então chega a ficar engraçado e acho que ninguém vai levar a sério a campanha dele. Outra campanha apareceu hoje no Twitter, lançada pelo @gi_groff : "Participe você também

No escurinho do cinema...

Eu já tratei de questões relacionadas ao cinema num post anterior ( Pedofilia e batatas fritas ), mas resolvi voltar à questão depois que recebi um e-mail de uma amiga, que reproduzo abaixo: Aos meus amigos mais seletos: acabei de chegar do cinema. Mais uma vez minhas orelhas foram massacradas por um som muito acima dos decibéis que meus ouvidos consideram razoáveis. É implicância minha ou os filmes são projetados para surdos... como, aliás, ficaremos todos, se frequentarmos estes cinemas. Desta vez chamei o responsável, que, solícito me informou que o permitido, no filme, é " nível 4", e que o trailer já vem mais alto mesmo, "pq é projeção digital". É isso mesmo? Faz algum sentido? Ou o assunto é irrelevante, alienado, coisa de burguês? Não é coisa irrelevante, não, minha amiga, porque eu também já sofri nos cinemas com som alto demais para os meus ouvidos. No mais das vezes, isso acontece mesmo durante os trailers, mas já tive o desprazer de ver um filme inteiro e

No escurinho do cinema...

Eu já tratei de questões relacionadas ao cinema num post anterior ( Pedofilia e batatas fritas ), mas resolvi voltar à questão depois que recebi um e-mail de uma amiga, que reproduzo abaixo: Aos meus amigos mais seletos: acabei de chegar do cinema. Mais uma vez minhas orelhas foram massacradas por um som muito acima dos decibéis que meus ouvidos consideram razoáveis. É implicância minha ou os filmes são projetados para surdos... como, aliás, ficaremos todos, se frequentarmos estes cinemas. Desta vez chamei o responsável, que, solícito me informou que o permitido, no filme, é " nível 4", e que o trailer já vem mais alto mesmo, "pq é projeção digital". É isso mesmo? Faz algum sentido? Ou o assunto é irrelevante, alienado, coisa de burguês? Não é coisa irrelevante, não, minha amiga, porque eu também já sofri nos cinemas com som alto demais para os meus ouvidos. No mais das vezes, isso acontece mesmo durante os trailers, mas já tive o desprazer de ver um filme inteiro

Traduzindo calorias

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Confesso: eu adoro procurar novidades no supermercado. Foi assim que encontrei um pacote de brownies de chocolate amargo e fiquei com desejo de experimentar. Outra confissão: não compro nada de comer, principalmente guloseimas, sem antes checar o valor calórico. Mania de quem passou 87,3% da vida tentando perder peso. Mas voltemos aos tais brownies. Eles pareciam deliciosos. Eram importados. Lá fui eu em busca da tabela nutricional. Havia uma etiqueta da importadora, encobrindo a tabela original, supostamente para facilitar nossa vida transpondo todas as informações para o português. E lá estava a informação maravilhosa: 25 gramas daqueles brownies tinham apenas 35 calorias! Praticamente uma bênção na vida de quem precisa fazer regime mas tem síndrome de abstinência de chocolate! Comprei um pacote na mesma hora para experimentar a tal maravilha. Chegando em casa, abri o pacote e experimentei um: delicioso! Tão delicioso que comecei a achar que tinha algo de errado naquela contagem de c

Traduzindo calorias

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Confesso: eu adoro procurar novidades no supermercado. Foi assim que encontrei um pacote de brownies de chocolate amargo e fiquei com desejo de experimentar. Outra confissão: não compro nada de comer, principalmente guloseimas, sem antes checar o valor calórico. Mania de quem passou 87,3% da vida tentando perder peso. Mas voltemos aos tais brownies. Eles pareciam deliciosos. Eram importados. Lá fui eu em busca da tabela nutricional. Havia uma etiqueta da importadora, encobrindo a tabela original, supostamente para facilitar nossa vida transpondo todas as informações para o português. E lá estava a informação maravilhosa: 25 gramas daqueles brownies tinham apenas 35 calorias! Praticamente uma bênção na vida de quem precisa fazer regime mas tem síndrome de abstinência de chocolate! Comprei um pacote na mesma hora para experimentar a tal maravilha. Chegando em casa, abri o pacote e experimentei um: delicioso! Tão delicioso que comecei a achar que tinha algo de errado naquela contagem de c

Psiu na estrada!

Em 2008 estive em Portugal e, viajando por lá, percebi, em alguns trechos das estradas, placas que isolavam a pista do resto do cenário. Em alguns trechos elas eram transparentes, então dava pra ver as aldeias ao lado. Em outros pontos, tiravam completamente a visão dos arredores. Achei estranho e lamentei, porque uma das coisas boas de viajar é poder ir olhando a paisagem passando na janela, e as placas impediam isso. Não cheguei a descobrir para que serviam as placas até bem recentemente, quando soube que eram isolantes acústicos, para que o barulho dos veículos na estrada não tirassem o sossego dos moradores das aldeias muito próximas da pista. Ou seja, super civilizado! Achei o máximo! Lembrei disso quando recebi, há alguns dias, um recado da @Paola_Ferro repassando o link de uma matéria da Folha de São Paulo sobre um revestimento que o asfalto do trecho oeste do Rodoanel vai receber para diminuir o barulho causado pelo atrito dos pneus! Diz o texto (que pode ser lido na íntegra a

Psiu na estrada!

Em 2008 estive em Portugal e, viajando por lá, percebi, em alguns trechos das estradas, placas que isolavam a pista do resto do cenário. Em alguns trechos elas eram transparentes, então dava pra ver as aldeias ao lado. Em outros pontos, tiravam completamente a visão dos arredores. Achei estranho e lamentei, porque uma das coisas boas de viajar é poder ir olhando a paisagem passando na janela, e as placas impediam isso. Não cheguei a descobrir para que serviam as placas até bem recentemente, quando soube que eram isolantes acústicos, para que o barulho dos veículos na estrada não tirassem o sossego dos moradores das aldeias muito próximas da pista. Ou seja, super civilizado! Achei o máximo! Lembrei disso quando recebi, há alguns dias, um recado da @Paola_Ferro repassando o link de uma matéria da Folha de São Paulo sobre um revestimento que o asfalto do trecho oeste do Rodoanel vai receber para diminuir o barulho causado pelo atrito dos pneus! Diz o texto (que pode ser lido na íntegra a

Psiu renascendo!

A morte do Psiu repercutiu bastante por aí. Entre várias manifestações, houve até um editorial da Folha de São Paulo no dia 19 de março criticando muito as alterações na lei. Vejam só o primeiro parágrafo, que primor: São Paulo caminha para tornar-se inabitável, como tantas metrópoles de países sem tradição de planejamento urbano. Não precisa de vereadores para agravar o desconforto dos moradores, como se esmeram em fazer seus representantes eleitos. O último acinte da Câmara Municipal foi o retrocesso na chamada Lei do Psiu, que tornará mais difícil a fiscalização do barulho na capital. Eu gostei da classificação da aprovação da lei como "acinte". Eu também considerei assim. E no final, o texto explicita um ponto da nova lei que eu não tinha entendido: na verdade, é preciso levar o dono do estabelecimento infrator até o local de onde partiu a denúncia, para testemunhar a checagem do nível de ruído. Ou seja, se eu denunciar, terei de receber, em minha casa, junto com os fisc

Psiu renascendo!

A morte do Psiu repercutiu bastante por aí. Entre várias manifestações, houve até um editorial da Folha de São Paulo no dia 19 de março criticando muito as alterações na lei. Vejam só o primeiro parágrafo, que primor: São Paulo caminha para tornar-se inabitável, como tantas metrópoles de países sem tradição de planejamento urbano. Não precisa de vereadores para agravar o desconforto dos moradores, como se esmeram em fazer seus representantes eleitos. O último acinte da Câmara Municipal foi o retrocesso na chamada Lei do Psiu, que tornará mais difícil a fiscalização do barulho na capital. Eu gostei da classificação da aprovação da lei como "acinte". Eu também considerei assim. E no final, o texto explicita um ponto da nova lei que eu não tinha entendido: na verdade, é preciso levar o dono do estabelecimento infrator até o local de onde partiu a denúncia, para testemunhar a checagem do nível de ruído. Ou seja, se eu denunciar, terei de receber, em minha casa, junto com os fisc

Nota de falecimento

Faleceu neste dia 17 do mês de março o Programa de Silêncio Urbano (Psiu), da Prefeitura de São Paulo. A morte ocorreu no momento em que foi publicada no Diário Oficial o texto da lei 15.133, que reduz as multas aos estabelecimentos barulhentos e ainda condiciona a fiscalização à presença do denunciante, do denunciado e de testemunhas. Agora me digam: quantos se dispõem a estar presentes, mostrando a cara, no momento da fiscalização, sabendo que, depois da partida dos fiscais do Psiu, podem ficar à disposição do denunciado, para sofrer retaliações? Essa vulnerabilidade fica ainda agravada pelo fato de que geralmente quem denuncia é quem sofre com a barulheira, ou seja, os vizinhos... Quem gostaria de se colocar nessa posição desconfortável de saber que o dono do estabelecimento vizinho pode estar preparando uma vingança contra você? Quem vai garantir a segurança do denunciante e das testemunhas? Vai haver um serviço municipal de proteção aos denunciantes e às testemunhas? Claro que não

Nota de falecimento

Faleceu neste dia 17 do mês de março o Programa de Silêncio Urbano (Psiu), da Prefeitura de São Paulo. A morte ocorreu no momento em que foi publicada no Diário Oficial o texto da lei 15.133, que reduz as multas aos estabelecimentos barulhentos e ainda condiciona a fiscalização à presença do denunciante, do denunciado e de testemunhas. Agora me digam: quantos se dispõem a estar presentes, mostrando a cara, no momento da fiscalização, sabendo que, depois da partida dos fiscais do Psiu, podem ficar à disposição do denunciado, para sofrer retaliações? Essa vulnerabilidade fica ainda agravada pelo fato de que geralmente quem denuncia é quem sofre com a barulheira, ou seja, os vizinhos... Quem gostaria de se colocar nessa posição desconfortável de saber que o dono do estabelecimento vizinho pode estar preparando uma vingança contra você? Quem vai garantir a segurança do denunciante e das testemunhas? Vai haver um serviço municipal de proteção aos denunciantes e às testemunhas? Claro que não

Uma nativa da Psiulândia na terra do axé...

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Então, eu adoro a Bahia! Gosto daquela orla comprida de Salvador, com aquele mar lindo e morno ali prontinho para o nosso mergulho! Sou louca por acarajé, moqueca, vatapá, caruru e ando com a minha fitinha da festa de Iemanjá no pulso. Gosto tanto que fui passar as minhas férias de fevereiro por lá e não me arrependo nem um pouquinho. Isso entretanto, não me impede de exercer minha rabugice no território que é minha especialidade: o barulho. Tá difícil andar pela Bahia e não ter de aguentar um carro com o som altíssimo tocando muito alto um tipo de música que jamais na minha vida eu escolheria ouvir. E isso em todos os lugares... Felizmente, cada vez mais é possível encontrar avisos em bares de que é proibido ligar o som dos carros, mas ainda é muito maior o número de lugares em que esse tipo de falta de educação é aceito sem nenhuma restrição. Tive experiências muito interessantes nessas andanças mais atuais pela Bahia, conhecendo algumas praias novas. Uma delas foi a Pedra do Sal, já

Uma nativa da Psiulândia na terra do axé...

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Então, eu adoro a Bahia! Gosto daquela orla comprida de Salvador, com aquele mar lindo e morno ali prontinho para o nosso mergulho! Sou louca por acarajé, moqueca, vatapá, caruru e ando com a minha fitinha da festa de Iemanjá no pulso. Gosto tanto que fui passar as minhas férias de fevereiro por lá e não me arrependo nem um pouquinho. Isso entretanto, não me impede de exercer minha rabugice no território que é minha especialidade: o barulho. Tá difícil andar pela Bahia e não ter de aguentar um carro com o som altíssimo tocando muito alto um tipo de música que jamais na minha vida eu escolheria ouvir. E isso em todos os lugares... Felizmente, cada vez mais é possível encontrar avisos em bares de que é proibido ligar o som dos carros, mas ainda é muito maior o número de lugares em que esse tipo de falta de educação é aceito sem nenhuma restrição. Tive experiências muito interessantes nessas andanças mais atuais pela Bahia, conhecendo algumas praias novas. Uma delas foi a Pedra do Sal, já