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Mostrando postagens de 2009

Sobre ruínas e grafites.

Outro dia foi aniversário do blog da Carmem, o De uns tempos pra cá . Em comemoração, ela pediu textos para os amigos e eu escrevi um dos posts comemorativos. No post, eu falava sobre a destruição de uma vilazinha de casas que ficavam penduradas nas encostas da avenida 23 de maio, no viaduto Paraíso. Pra quem quiser ler na íntegra, é só clicar aqui . E então, pesquisando um pouco na internet (viva o Google), achei um outro blog que falava sobre o mesmo local: era o Espaçonave . Achei bem legal a história contada ali, e recomendo a todos um passeio por lá pra saber mais sobre como um grupo de grafiteiros tentou transformar a ruína das casas numa galeria de arte a céu aberto! Pelo menos fiquei com a certeza de que eu não era a única rabugenta a achar inacreditável o trabalho da prefeitura ali naquele pedacinho de São Paulo!

Sobre ruínas e grafites.

Outro dia foi aniversário do blog da Carmem, o De uns tempos pra cá . Em comemoração, ela pediu textos para os amigos e eu escrevi um dos posts comemorativos. No post, eu falava sobre a destruição de uma vilazinha de casas que ficavam penduradas nas encostas da avenida 23 de maio, no viaduto Paraíso. Pra quem quiser ler na íntegra, é só clicar aqui . E então, pesquisando um pouco na internet (viva o Google), achei um outro blog que falava sobre o mesmo local: era o Espaçonave . Achei bem legal a história contada ali, e recomendo a todos um passeio por lá pra saber mais sobre como um grupo de grafiteiros tentou transformar a ruína das casas numa galeria de arte a céu aberto! Pelo menos fiquei com a certeza de que eu não era a única rabugenta a achar inacreditável o trabalho da prefeitura ali naquele pedacinho de São Paulo!

Amigos secretos porém públicos!

Chega dezembro e é batata: nenhum restaurante, bar, lanchonete fica livre da tão famigerada confraternização dos funcionários da empresa! Ontem estive num lugar desses e, para mim, foi como estar na ante-sala do inferno... Quando cheguei, a música no ambiente já estava alta. Minha pequena mesa (éramos apenas 2 pessoas com fome) situava-se entre duas longas mesas, cada uma delas reunindo um grupo grande de colegas de trabalho, comemorando o fim do ano, bebendo, comendo e disparando flashes. Se fosse só isso, já era muito. Mas aí começaram a distribuição de presentes do amigo secreto e tudo piorou. Todo mundo falando alto, gargalhando, gritando e depois batendo palmas. E todos os outros clientes do restaurante sabendo quem era o amigo secreto de quem, o que cada um tinha ganhado de presente e eventualmente servindo de paisagem de fundo nas fotos, com os olhos já cegos de tantos flashes! Será possível que todo ano a gente tenha de passar o mês de dezembro tentando fugir das festinhas de c

Amigos secretos porém públicos!

Chega dezembro e é batata: nenhum restaurante, bar, lanchonete fica livre da tão famigerada confraternização dos funcionários da empresa! Ontem estive num lugar desses e, para mim, foi como estar na ante-sala do inferno... Quando cheguei, a música no ambiente já estava alta. Minha pequena mesa (éramos apenas 2 pessoas com fome) situava-se entre duas longas mesas, cada uma delas reunindo um grupo grande de colegas de trabalho, comemorando o fim do ano, bebendo, comendo e disparando flashes. Se fosse só isso, já era muito. Mas aí começaram a distribuição de presentes do amigo secreto e tudo piorou. Todo mundo falando alto, gargalhando, gritando e depois batendo palmas. E todos os outros clientes do restaurante sabendo quem era o amigo secreto de quem, o que cada um tinha ganhado de presente e eventualmente servindo de paisagem de fundo nas fotos, com os olhos já cegos de tantos flashes! Será possível que todo ano a gente tenha de passar o mês de dezembro tentando fugir das festinhas de c

Amor, festa e devoção.

Imagem
Fui ontem ver a estréia do "Amor, festa e devoção", de Maria Bethânia, no Teatro Abril. Como muita gente me pergunta se gostei, e desta vez a resposta não é simples, resolvi escrever este pequeno texto sobre minhas impressões. Fiz muitas fotos, como sempre, e o link para vê-las está aqui . Pra começar, preciso dizer que show da Bethânia, para mim, SEMPRE é bom. Não me arrependo de ter ido e iria de novo, se pudesse. Fiquei também muito feliz pela decisão dela e da produção de não fazer mais shows em casas que mais parecem restaurantes que auditórios: foi maravilhoso ver Bethânia sem cheiro de cerveja e coxinha e garçons passando na minha frente a toda hora. Considerando, entretanto, que venho assistindo a shows dela há uns dez anos e sou fã dela praticamente desde o início da sua carreira, preciso dizer que foi a primeira vez que não me emocionei. Em primeiro lugar, achei que o roteiro do show estava mal costurado, com um sub-aproveitamento dos dois discos novos. Muitas músic

Amor, festa e devoção.

Imagem
Fui ontem ver a estréia do "Amor, festa e devoção", de Maria Bethânia, no Teatro Abril. Como muita gente me pergunta se gostei, e desta vez a resposta não é simples, resolvi escrever este pequeno texto sobre minhas impressões. Fiz muitas fotos, como sempre, e o link para vê-las está aqui . Pra começar, preciso dizer que show da Bethânia, para mim, SEMPRE é bom. Não me arrependo de ter ido e iria de novo, se pudesse. Fiquei também muito feliz pela decisão dela e da produção de não fazer mais shows em casas que mais parecem restaurantes que auditórios: foi maravilhoso ver Bethânia sem cheiro de cerveja e coxinha e garçons passando na minha frente a toda hora. Considerando, entretanto, que venho assistindo a shows dela há uns dez anos e sou fã dela praticamente desde o início da sua carreira, preciso dizer que foi a primeira vez que não me emocionei. Em primeiro lugar, achei que o roteiro do show estava mal costurado, com um sub-aproveitamento dos dois discos novos. Muitas músic

Calçada da lama - parte 2.

Não resisti a fazer um novo post sobre o caso da assim chamada "Calçada da fama", principalmente depois de ler uma matéria sobre calçadas em São Paulo na revista Época São Paulo de dezembro de 2009. O site da revista, que dá de 10 a 0 na Veja São Paulo , está aqui . Não encontrei a tal matéria disponível online, portanto vou tentar resumir: a idéia principal é a de que seria interessante que empresas "adotassem" trechos de calçadas em São Paulo, garantindo a sua manutenção. Alturas tantas, entretanto, a reportagem alerta para os perigos dessa possibilidade de solução para uma das grandes mazelas da cidade: Mas depender de patrocinadores também pode abrir caminho para empreendimentos controversos, como o que foi suspenso pela Justiça no bairro de Santa Cecília, no fim de novembro. Ali, a empresária da noite Lílian Gonçalves planeja transformar o passeio de um dos lados da rua Canuto do Val numa versão brasileira da calçada da fama de Hollywood - com estrelas para h

Calçada da lama - parte 2.

Não resisti a fazer um novo post sobre o caso da assim chamada "Calçada da fama", principalmente depois de ler uma matéria sobre calçadas em São Paulo na revista Época São Paulo de dezembro de 2009. O site da revista, que dá de 10 a 0 na Veja São Paulo , está aqui . Não encontrei a tal matéria disponível online, portanto vou tentar resumir: a idéia principal é a de que seria interessante que empresas "adotassem" trechos de calçadas em São Paulo, garantindo a sua manutenção. Alturas tantas, entretanto, a reportagem alerta para os perigos dessa possibilidade de solução para uma das grandes mazelas da cidade: Mas depender de patrocinadores também pode abrir caminho para empreendimentos controversos, como o que foi suspenso pela Justiça no bairro de Santa Cecília, no fim de novembro. Ali, a empresária da noite Lílian Gonçalves planeja transformar o passeio de um dos lados da rua Canuto do Val numa versão brasileira da calçada da fama de Hollywood - com estrelas para h

O público a serviço do privado!

Eu trabalho no interior de São Paulo e venho com muita frequência para a capital. Como sempre vou e volto de ônibus, para os meus deslocamentos, já há muito tempo uso o Terminal Rodoviário Barra Funda. Nos últimos anos, porém, uma universidade privada que funciona ali perto tem trazido o caos para as noites do Terminal. São dezenas de barracas de lanche nas calçadas, um comércio variadíssimo na praça em frente (tem inclusive serviço de xerox), carros estacionados em todos os lugares possíveis e imagináveis etc. É uma confusão! Nas noites de sexta, então, a coisa piora: parece que ninguém assiste às aulas, vão todos para os botecos improvisados nas calçadas, que muitas vezes têm até música ao vivo! Para mim, entretanto, o mais impressionante é ver, nos horários de entrada e saída das aulas, o desfile de centenas de pessoas pela rampa de acesso ao Terminal. É uma imagem inesquecível, parece uma serpente gigante com muitas cabeças e pés passando pela travessia de pedestres. Fica quase imp

O público a serviço do privado!

Eu trabalho no interior de São Paulo e venho com muita frequência para a capital. Como sempre vou e volto de ônibus, para os meus deslocamentos, já há muito tempo uso o Terminal Rodoviário Barra Funda. Nos últimos anos, porém, uma universidade privada que funciona ali perto tem trazido o caos para as noites do Terminal. São dezenas de barracas de lanche nas calçadas, um comércio variadíssimo na praça em frente (tem inclusive serviço de xerox), carros estacionados em todos os lugares possíveis e imagináveis etc. É uma confusão! Nas noites de sexta, então, a coisa piora: parece que ninguém assiste às aulas, vão todos para os botecos improvisados nas calçadas, que muitas vezes têm até música ao vivo! Para mim, entretanto, o mais impressionante é ver, nos horários de entrada e saída das aulas, o desfile de centenas de pessoas pela rampa de acesso ao Terminal. É uma imagem inesquecível, parece uma serpente gigante com muitas cabeças e pés passando pela travessia de pedestres. Fica q

Psiulândia itinerante!

Ontem foi aniversário de um blog que eu sigo, o De uns tempos pra cá , escrito pela Carmem. Para comemorar, ela propôs que os amigos mandassem textos para publicação, e eu resolvi aderir. Assim, minha rabugice foi dar um passeio por lá, no post Aniversário . Pra quem gosta de acompanhar minhas reclamações, é só dar um passeios lá na outra freguesia. Logo estaremos de volta, em nosso endereço costumeiro!

Psiulândia itinerante!

Ontem foi aniversário de um blog que eu sigo, o De uns tempos pra cá , escrito pela Carmem. Para comemorar, ela propôs que os amigos mandassem textos para publicação, e eu resolvi aderir. Assim, minha rabugice foi dar um passeio por lá, no post Aniversário . Pra quem gosta de acompanhar minhas reclamações, é só dar um passeios lá na outra freguesia. Logo estaremos de volta, em nosso endereço costumeiro!

Calçada da lama

Um post rápido, só pra manifestar minha solidariedade com o pessoal do bairro de Santa Cecília, que está na luta para manter sua vizinhança mais silenciosa. O caso é que Lilian Gonçalves, conhecida empresária da noite paulistana e amiga de poderosos, está querendo ampliar sua área de atuação no bairro, sempre no ramo de casas noturnas. Ela parece nem se importar de fazer isso próximo de onde está localizada a Santa Casa de Misericórdia. Dá pra imaginar a alegria dos doentes, com autorização do Psiu para que as casas noturnas funcionem até uma da manhã? Os moradores estão se organizando e fizeram um blog chamado Calçada da lama para dar visibilidade à sua luta. No blog dá pra conhecer melhor o tamanho da complicação. Não custa fazer uma visita e dar apoio à causa! Toda solidariedade aqui da Psiulândia!

Calçada da lama

Um post rápido, só pra manifestar minha solidariedade com o pessoal do bairro de Santa Cecília, que está na luta para manter sua vizinhança mais silenciosa. O caso é que Lilian Gonçalves, conhecida empresária da noite paulistana e amiga de poderosos, está querendo ampliar sua área de atuação no bairro, sempre no ramo de casas noturnas. Ela parece nem se importar de fazer isso próximo de onde está localizada a Santa Casa de Misericórdia. Dá pra imaginar a alegria dos doentes, com autorização do Psiu para que as casas noturnas funcionem até uma da manhã? Os moradores estão se organizando e fizeram um blog chamado Calçada da lama para dar visibilidade à sua luta. No blog dá pra conhecer melhor o tamanho da complicação. Não custa fazer uma visita e dar apoio à causa! Toda solidariedade aqui da Psiulândia!

Après moi le déluge

A frase que dá título a este post é atribuída ao rei Luís XV, que viveu na França entre 1710 e 1774. Pouco depois da sua morte, ocorreu a Revolução Francesa. A tradução da frase seria "Depois de mim, o dilúvio". Há quem diga que ela pode ter dois sentidos: 1. Depois de mim, o país vai virar um caos. 2. Depois que eu me for, o mundo pode virar um caos porque não me interessa. Eu sempre entendi a frase mais no segundo sentido, e me lembro dela sempre que vejo certas barbaridades que acontecem pelo mundo... Tenho a impressão de que a imensa maioria das pessoas não se importa nadinha com o que vai acontecer, desde que a sua parte esteja garantida. É uma espécie de auto-centramento doentio, que me irrita profundamente. Ando tão cansada da falta de educação de grande parte da humanidade que às vezes tenho a impressão de que essa frase do Luís XV poderia ser uma boa descrição dos nossos tempos. Acho que nos próximos posts vou me dedicar a dar exemplos de situações que poderiam ter o

Après moi le déluge

A frase que dá título a este post é atribuída ao rei Luís XV, que viveu na França entre 1710 e 1774. Pouco depois da sua morte, ocorreu a Revolução Francesa. A tradução da frase seria "Depois de mim, o dilúvio". Há quem diga que ela pode ter dois sentidos: 1. Depois de mim, o país vai virar um caos. 2. Depois que eu me for, o mundo pode virar um caos porque não me interessa. Eu sempre entendi a frase mais no segundo sentido, e me lembro dela sempre que vejo certas barbaridades que acontecem pelo mundo... Tenho a impressão de que a imensa maioria das pessoas não se importa nadinha com o que vai acontecer, desde que a sua parte esteja garantida. É uma espécie de auto-centramento doentio, que me irrita profundamente. Ando tão cansada da falta de educação de grande parte da humanidade que às vezes tenho a impressão de que essa frase do Luís XV poderia ser uma boa descrição dos nossos tempos. Acho que nos próximos posts vou me dedicar a dar exemplos de situações que poderiam ter o

Psiulândia forçada...

Que horror, quase um mês sem postagens! Então, antes que a folhinha mude para o dia 12, vamos lá! Hoje faço um post rapidinho pra comentar mais uma triste experiência com celulares. E desta vez, com o meu celular! Antes, porém, algumas informações. Pra quem não sabe, moro no interior mas passo muito tempo em São Paulo. Tenho já há algum tempo uma linha pós-paga da Tim, depois de ter enjoado de dar dinheiro para a Vivo sem estar satisfeita com os serviços prestados. Como vou ficar um tempo em São Paulo neste final de ano, resolvi comprar um chip de celular paulistano, pra não ficar gastando muito interurbano. Fui a uma loja da Tim, paguei 10 reais pelo chip pré-pago e saí da loja já com o dito cujo em funcionamento. Até comentei como os tempos tinham mudado: meu primeiro celular (Telesp, que depois virou Vivo) levou umas 6 horas pra começar a funcionar. Quanta diferença! Tudo muito mais fácil, né? Pois bem... Papo vai, papo vem, comecei a achar que talvez fosse o caso de experimentar um

Psiulândia forçada...

Que horror, quase um mês sem postagens! Então, antes que a folhinha mude para o dia 12, vamos lá! Hoje faço um post rapidinho pra comentar mais uma triste experiência com celulares. E desta vez, com o meu celular! Antes, porém, algumas informações. Pra quem não sabe, moro no interior mas passo muito tempo em São Paulo. Tenho já há algum tempo uma linha pós-paga da Tim, depois de ter enjoado de dar dinheiro para a Vivo sem estar satisfeita com os serviços prestados. Como vou ficar um tempo em São Paulo neste final de ano, resolvi comprar um chip de celular paulistano, pra não ficar gastando muito interurbano. Fui a uma loja da Tim, paguei 10 reais pelo chip pré-pago e saí da loja já com o dito cujo em funcionamento. Até comentei como os tempos tinham mudado: meu primeiro celular (Telesp, que depois virou Vivo) levou umas 6 horas pra começar a funcionar. Quanta diferença! Tudo muito mais fácil, né? Pois bem... Papo vai, papo vem, comecei a achar que talvez fosse o caso de experimentar um

Barulhinho ruim!

Um dia desses fui a um pocket-show na Fnac, em São Paulo, na Avenida Paulista. Pra quem não conhece o espaço, o palco - meio improvisado - fica ao lado do café que tem lá no andar superior. E aí começam os problemas... O tal café tem um sistema de atendimento por senhas numéricas. E a maneira que eles encontraram para chamar a atenção dos presentes para o anúncio de um número é um sonzinho eletrônico feito de 3 notas desencontradas. Sei que não é exclusividade daquele café ter esse irritante sistema de alerta de senha, mas naquele dia o tal barulhinho de três notas incomodou todo mundo que estava assistindo ao show - inclusive o próprio artista, que se irritou com aquela interferência indesejada. Daí fiquei pensando como o nosso mundo é cheio de estímulos sonoros, uma verdadeira balbúrdia. Parece que tudo neste mundo tem de ser avisado através de sons: sirenes, apitos, trinados, buzinas, gritos, campainhas... Mesmo em ambientes como, por exemplo, restaurantes, a cozinha comunica aos ga

Barulhinho ruim!

Um dia desses fui a um pocket-show na Fnac, em São Paulo, na Avenida Paulista. Pra quem não conhece o espaço, o palco - meio improvisado - fica ao lado do café que tem lá no andar superior. E aí começam os problemas... O tal café tem um sistema de atendimento por senhas numéricas. E a maneira que eles encontraram para chamar a atenção dos presentes para o anúncio de um número é um sonzinho eletrônico feito de 3 notas desencontradas. Sei que não é exclusividade daquele café ter esse irritante sistema de alerta de senha, mas naquele dia o tal barulhinho de três notas incomodou todo mundo que estava assistindo ao show - inclusive o próprio artista, que se irritou com aquela interferência indesejada. Daí fiquei pensando como o nosso mundo é cheio de estímulos sonoros, uma verdadeira balbúrdia. Parece que tudo neste mundo tem de ser avisado através de sons: sirenes, apitos, trinados, buzinas, gritos, campainhas... Mesmo em ambientes como, por exemplo, restaurantes, a cozinha comunica aos ga

Ando meio alarmada...

Eu moro num bairro meio fronteiriço da minha cidade, que mistura casas de padrão médio/alto e barraquinhos de quase favela e favela mesmo. Sim, isso também existe no interior... Talvez por isso, todo mundo que tem uma casinha mais arrumadinha cisma logo de comprar um daqueles alarmes sonoros contra roubo. Resultado: sempre tem algum disparando, sem que ninguém tome qualquer providência! Já tivemos um fim de semana inteiro ouvindo os apitos intermináveis de um deles. Provavelmente era num estabelecimento comercial aqui da vizinhança, e o feliz proprietário só descobriu que infernizou a vida do bairro na segunda-feira de manhã, quando voltou para abrir a lojinha. Vasculhando o Google, tentei achar alguma legislação sobre esse tipo de ocorrência e não encontrei quase nada. A única referência a uma tentativa de regulamentação que eu encontrei foi no blog de um vereador da cidade de Americana, Jonas Santa Rosa , propondo que todos os imóveis com alarmes sonoros tivessem um número de telefon

Ando meio alarmada...

Eu moro num bairro meio fronteiriço da minha cidade, que mistura casas de padrão médio/alto e barraquinhos de quase favela e favela mesmo. Sim, isso também existe no interior... Talvez por isso, todo mundo que tem uma casinha mais arrumadinha cisma logo de comprar um daqueles alarmes sonoros contra roubo. Resultado: sempre tem algum disparando, sem que ninguém tome qualquer providência! Já tivemos um fim de semana inteiro ouvindo os apitos intermináveis de um deles. Provavelmente era num estabelecimento comercial aqui da vizinhança, e o feliz proprietário só descobriu que infernizou a vida do bairro na segunda-feira de manhã, quando voltou para abrir a lojinha. Vasculhando o Google, tentei achar alguma legislação sobre esse tipo de ocorrência e não encontrei quase nada. A única referência a uma tentativa de regulamentação que eu encontrei foi no blog de um vereador da cidade de Americana, Jonas Santa Rosa , propondo que todos os imóveis com alarmes sonoros tivessem um número de telefon

Mais um capítulo da vida de viajante!

Eu admito: nasci com o termostato estragado, e sinto mais calor do que a maioria das pessoas que eu conheço. Mas juro que não entendo a aversão que muita gente tem ao ar condicionado. Então hoje decidi falar sobre eles, pensando especialmente num lugar em que eles passaram a dominar: nos ônibus intermunicipais. Sou de um tempo em que ainda se viajava de trem. Andei muito pela antiga Mogiana, entre Campinas, Amparo e Socorro. Por outras empresas ferroviárias, viajei entre Araçatuba e Lins e entre Campinas e Rio Claro. Era uma época interessante, até que os poucos trechos em que os trens ainda funcionavam começaram a ficar cada vez mais decadentes e eu aderi de vez aos ônibus, conformada. Até bem pouco tempo, a gente ainda podia abrir o janelão e ir pegando o vento na cara, como era na época dos trens. De uns tempos pra cá, parece que todas as empresas - ou pelo menos as não muito capengas - aderiram ao ar condicionado e às janelas de vidro sem possibilidade de abertura. No início, achei

Mais um capítulo da vida de viajante!

Eu admito: nasci com o termostato estragado, e sinto mais calor do que a maioria das pessoas que eu conheço. Mas juro que não entendo a aversão que muita gente tem ao ar condicionado. Então hoje decidi falar sobre eles, pensando especialmente num lugar em que eles passaram a dominar: nos ônibus intermunicipais. Sou de um tempo em que ainda se viajava de trem. Andei muito pela antiga Mogiana, entre Campinas, Amparo e Socorro. Por outras empresas ferroviárias, viajei entre Araçatuba e Lins e entre Campinas e Rio Claro. Era uma época interessante, até que os poucos trechos em que os trens ainda funcionavam começaram a ficar cada vez mais decadentes e eu aderi de vez aos ônibus, conformada. Até bem pouco tempo, a gente ainda podia abrir o janelão e ir pegando o vento na cara, como era na época dos trens. De uns tempos pra cá, parece que todas as empresas - ou pelo menos as não muito capengas - aderiram ao ar condicionado e às janelas de vidro sem possibilidade de abertura. No início, achei

Irritando Ana Old - uma meta-postagem

Cheguei à conclusão de que tenho uma concorrente: Fernanda Young e seu programa "Irritando...". A questão é que lá no programa dela a gente acaba rindo das idiossincrasias da apresentadora e dos convidados e os motivos de irritação vão ficando em segundo plano. Como toda artista de televisão, Fernanda Young gosta de fazer sucesso, afinal ganha pra isso. No meu caso, eu queria que o motivo da irritação ficasse mais em evidência do que a minha rabugice, mas também tenho um probleminha: esses anos todos de professora de literatura me deixaram com a digitação torta: estou sempre procurando um joguinho de palavras aqui, uma metáfora mais sedutora ali, um uso especial de alguma palavra curiosa e demais truques costumeiros de quem presta atenção nos recursos da nossa língua portuguesa. Coisa que, aliás, a Fernanda Young também deve fazer, já que diz ser também escritora, além de tv star. Enfim, todas essas palavras pra dizer que de novo estou pensando em mudar um pouco a cara do blo

Irritando Ana Old - uma meta-postagem

Cheguei à conclusão de que tenho uma concorrente: Fernanda Young e seu programa "Irritando...". A questão é que lá no programa dela a gente acaba rindo das idiossincrasias da apresentadora e dos convidados e os motivos de irritação vão ficando em segundo plano. Como toda artista de televisão, Fernanda Young gosta de fazer sucesso, afinal ganha pra isso. No meu caso, eu queria que o motivo da irritação ficasse mais em evidência do que a minha rabugice, mas também tenho um probleminha: esses anos todos de professora de literatura me deixaram com a digitação torta: estou sempre procurando um joguinho de palavras aqui, uma metáfora mais sedutora ali, um uso especial de alguma palavra curiosa e demais truques costumeiros de quem presta atenção nos recursos da nossa língua portuguesa. Coisa que, aliás, a Fernanda Young também deve fazer, já que diz ser também escritora, além de tv star. Enfim, todas essas palavras pra dizer que de novo estou pensando em mudar um pouco a cara do blo

Por onde começar?

São tantas as oportunidades de ver coisas irritantes no mundo que nem sei por onde começar. Acho que vou começar com uma implicância que já apareceu por aqui em outro post, mas só a propósito de barulho nas salas de cinema, no post de março de 2009 chamado "Pedofilia e batatas fritas". Acho que agora vou expandir o alcance da minha rabugice: comida e bebida em salas de espetáculo. Você já teve a oportunidade de assistir a um show de Maria Bethânia, por exemplo, e no momento mais intimista do show ouvir alguém abrindo uma nova latinha de cerveja? Ou ouvir a diva cantando sua música preferida enquanto seu nariz vai aspirando irremediavelmente o cheiro das coxinhas que o garçom acabou de trazer para o seu vizinho de mesa, passando na sua frente, claro? Eu tenho saudade de quando as salas de espetáculo se chamavam audi tórios, ou seja, a gente ia lá pra ouvir , ter prazer com o sentido da audição . As casas de show mais populares de hoje parecem mais lanchonetes gigantes com preç

Por onde começar?

São tantas as oportunidades de ver coisas irritantes no mundo que nem sei por onde começar. Acho que vou começar com uma implicância que já apareceu por aqui em outro post, mas só a propósito de barulho nas salas de cinema, no post de março de 2009 chamado "Pedofilia e batatas fritas". Acho que agora vou expandir o alcance da minha rabugice: comida e bebida em salas de espetáculo. Você já teve a oportunidade de assistir a um show de Maria Bethânia, por exemplo, e no momento mais intimista do show ouvir alguém abrindo uma nova latinha de cerveja? Ou ouvir a diva cantando sua música preferida enquanto seu nariz vai aspirando irremediavelmente o cheiro das coxinhas que o garçom acabou de trazer para o seu vizinho de mesa, passando na sua frente, claro? Eu tenho saudade de quando as salas de espetáculo se chamavam audi tórios, ou seja, a gente ia lá pra ouvir , ter prazer com o sentido da audição . As casas de show mais populares de hoje parecem mais lanchonetes gigantes com preç

Em tempo real!

Eu tinha anunciado e garantido que este blog iria deixar de ser monotemático, mas infelizmente o destino se colocou contra mim! Vamos aos fatos! Sempre que decido viajar, passo muito tempo tentando escolher um hotel que seja limpo e confortável e que meu bolso possa pagar. Quando a viagem é para o Rio de Janeiro, essa equação é praticamente insolúvel. Já fiquei em vários hotéis por aqui, e até hoje não encontrei um sobre o qual eu pudesse dizer que me agradou em termos de conforto e de preço. Neste fim de semana, depois de outra rodada de pesquisas pela internet, decidi experimentar o Golden Park, que fica numa pracinha simpática ao lado do hotel Glória. O preço é alto, pelo serviço oferecido, mas nada que destoe dos preços extorsivos de hotéis no Rio. O clima de decadência tambem é típico dos hotéis pagáveis daqui, com aquele cheirinho de mofo característico de hotéis decadentes à beira-mar. Já estava me conformando e me acostumando com essas coisas, mas hoje, ao chegar no hotel para

Em tempo real!

Eu tinha anunciado e garantido que este blog iria deixar de ser monotemático, mas infelizmente o destino se colocou contra mim! Vamos aos fatos! Sempre que decido viajar, passo muito tempo tentando escolher um hotel que seja limpo e confortável e que meu bolso possa pagar. Quando a viagem é para o Rio de Janeiro, essa equação é praticamente insolúvel. Já fiquei em vários hotéis por aqui, e até hoje não encontrei um sobre o qual eu pudesse dizer que me agradou em termos de conforto e de preço. Neste fim de semana, depois de outra rodada de pesquisas pela internet, decidi experimentar o Golden Park, que fica numa pracinha simpática ao lado do hotel Glória. O preço é alto, pelo serviço oferecido, mas nada que destoe dos preços extorsivos de hotéis no Rio. O clima de decadência tambem é típico dos hotéis pagáveis daqui, com aquele cheirinho de mofo característico de hotéis decadentes à beira-mar. Já estava me conformando e me acostumando com essas coisas, mas hoje, ao chegar no hotel para

Marina Lima, bem-vinda você também à Psiulândia!

Depois de duas semanas sem postar aqui, estou de volta, só pra comentar uma entrevista que a Marina concedeu para a revista da Joyce Pascowitch no final do ano passado. A entrevista ficou famosa porque ela confessou algumas intimidades que incomodaram outras pessoas, sobretudo Gal Costa. Mas logo abaixo das revelações bombásticas, um comentário passou despercebido e eu resolvi transcrevê-lo aqui: JP: Mudando de assunto, o que você ouve? ML: De tudo e muitas vezes, nada. Como eu tenho um ouvido doente, que ouve freqüências que ninguém ouve, valorizo demais o silêncio. Essa coisa de trilha sonora para tudo, eu não agüento. Às vezes prefiro os ruídos do mundo. Marina, essa coisa de ouvido doente, me desculpe, é de quem coloca alto-falantes gigantes no carro, grita pelas ruas, buzina pra qualquer um, obriga todo mundo a ouvir trilha sonora compulsória etc. O seu ouvido deve é ser saudável demais, querendo ser respeitado! Bem-vinda você também à Psiulândia! PS - Aviso para aqueles que segue

Marina Lima, bem-vinda você também à Psiulândia!

Depois de duas semanas sem postar aqui, estou de volta, só pra comentar uma entrevista que a Marina concedeu para a revista da Joyce Pascowitch no final do ano passado. A entrevista ficou famosa porque ela confessou algumas intimidades que incomodaram outras pessoas, sobretudo Gal Costa. Mas logo abaixo das revelações bombásticas, um comentário passou despercebido e eu resolvi transcrevê-lo aqui: JP: Mudando de assunto, o que você ouve? ML: De tudo e muitas vezes, nada. Como eu tenho um ouvido doente, que ouve freqüências que ninguém ouve, valorizo demais o silêncio. Essa coisa de trilha sonora para tudo, eu não agüento. Às vezes prefiro os ruídos do mundo. Marina, essa coisa de ouvido doente, me desculpe, é de quem coloca alto-falantes gigantes no carro, grita pelas ruas, buzina pra qualquer um, obriga todo mundo a ouvir trilha sonora compulsória etc. O seu ouvido deve é ser saudável demais, querendo ser respeitado! Bem-vinda você também à Psiulândia! PS - Aviso para aqueles que segue

Mais uma aventura noturna

Um post rapidinho, só pra atualizar como anda a minha vida com os celulares... Mais uma viagem noturna, e mais uma experiência a bordo que só posso definir como bizarra. Tudo começou já de forma atrapalhada: tinha uma moça sentada no meu lugar, carregando uma caixa com um animado cachorrinho. Enquanto esperava a garota que embarcava os passageiros acabar sua tarefa para poder resolver a minha questão de assento ocupado, observei que vários ex-presidiários estavam embarcando. Fiquei já imaginando como a viagem seria animada... Problema do assento resolvido (a errada era a moça do cachorrinho), durante a primeira meia hora da viagem houve um pouco de tumulto a bordo, com os egressos do presídio fazendo um pouco de algazarra, como eu previra. Para minha surpresa, entretanto, logo ficaram quietinhos e dormiram. Fiz o mesmo, pensando que enfim a humanidade tinha salvação. Estava enganada... O ônibus estava um pouco atrasado e, quando faltava ainda cerca de uma hora para chegar em São Paulo,

Mais uma aventura noturna

Um post rapidinho, só pra atualizar como anda a minha vida com os celulares... Mais uma viagem noturna, e mais uma experiência a bordo que só posso definir como bizarra. Tudo começou já de forma atrapalhada: tinha uma moça sentada no meu lugar, carregando uma caixa com um animado cachorrinho. Enquanto esperava a garota que embarcava os passageiros acabar sua tarefa para poder resolver a minha questão de assento ocupado, observei que vários ex-presidiários estavam embarcando. Fiquei já imaginando como a viagem seria animada... Problema do assento resolvido (a errada era a moça do cachorrinho), durante a primeira meia hora da viagem houve um pouco de tumulto a bordo, com os egressos do presídio fazendo um pouco de algazarra, como eu previra. Para minha surpresa, entretanto, logo ficaram quietinhos e dormiram. Fiz o mesmo, pensando que enfim a humanidade tinha salvação. Estava enganada... O ônibus estava um pouco atrasado e, quando faltava ainda cerca de uma hora para chegar em São Paulo,

Toca Raul - PS

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Eu me esqueci de dizer no post abaixo que, ao contrário do que possa parecer, gosto de Raul Seixas... Mas, a respeito disso, só posso assinar embaixo de uma frase que colocaram num mural lá onde eu trabalho:

Toca Raul - PS

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Eu me esqueci de dizer no post abaixo que, ao contrário do que possa parecer, gosto de Raul Seixas... Mas, a respeito disso, só posso assinar embaixo de uma frase que colocaram num mural lá onde eu trabalho:

Toca Raul!

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Tive uma experiência inesquecível nesta noite de 23 para 24 de maio aqui em São Paulo... Todo sábado, perto daqui, tem uma casa noturna que toca pagode ao vivo. Já me acostumei ao ouvir tudo aquilo a noite inteira, numa toada que só termina pontualmente a uma da manhã (obrigada, Psiu!). Nada contra o pagode, só que eu não gosto. E é fogo ter de ouvir, todo sábado, um concerto de pagode compulsório! Mas ontem, além disso, havia uma festa numa varanda improvisada que foi criada numa espécie de "cobertura" de um prédio aqui ao lado. Quando cheguei, tinha o som do pagode entrando pelas janelas de um lado e o som da festa pelas janelas do fundo. Previ que a noite seria animada! Fiquei fazendo hora pra só ir dormir depois que o pagode terminasse - um problema a menos! Mas aí, depois disso, as conversas, risadas, músicas e gritos da festa invadiram o apartamento. Eu estava exausta, e apaguei mesmo assim. Às 4 e meia, depois de ter tido umas 2 ou 3horas de sono, acordei com o barulho

Toca Raul!

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Tive uma experiência inesquecível nesta noite de 23 para 24 de maio aqui em São Paulo... Todo sábado, perto daqui, tem uma casa noturna que toca pagode ao vivo. Já me acostumei ao ouvir tudo aquilo a noite inteira, numa toada que só termina pontualmente a uma da manhã (obrigada, Psiu!). Nada contra o pagode, só que eu não gosto. E é fogo ter de ouvir, todo sábado, um concerto de pagode compulsório! Mas ontem, além disso, havia uma festa numa varanda improvisada que foi criada numa espécie de "cobertura" de um prédio aqui ao lado. Quando cheguei, tinha o som do pagode entrando pelas janelas de um lado e o som da festa pelas janelas do fundo. Previ que a noite seria animada! Fiquei fazendo hora pra só ir dormir depois que o pagode terminasse - um problema a menos! Mas aí, depois disso, as conversas, risadas, músicas e gritos da festa invadiram o apartamento. Eu estava exausta, e apaguei mesmo assim. Às 4 e meia, depois de ter tido umas 2 ou 3horas de sono, acordei com o barulho

Sinfonia de pardais eletrônicos na madrugada.

Sim, mais uma vez passei a noite a bordo de um ônibus, vindo para São Paulo, numa viagem de quase 450 quilômetros. Trabalhei muito o dia todo e uma sexta-feira agitada me esperava na capital. Precisava dormir bem, portanto. Depois dos quilômetros iniciais, em que a euforia sempre leva alguns a conversar com o passageiro mais próximo ou com alguém num celular, aos poucos todos foram se aquietando e começando a dormir. Ou quase todos, pelo menos. Depois de 3 horas de viagem, a primeira parada chegou. Eu dormia profundamente e assim continuei, ou, pelo menos, tentei continuar, mesmo em meio à agitação do sobe e desce de gente do ônibus, cheiro de coxinha a bordo, saquinhos plásticos rangendo etc. Mas sobre isso acho que já falei em outro post em que comentava viagens noturnas em ônibus, e neste eu quero falar de outra coisa. Depois da parada, consegui pegar no sono de novo. Quando faltava mais ou menos uma hora para chegar em São Paulo, comecei a ouvir um barulhinho assim: Era repetido a

Sinfonia de pardais eletrônicos na madrugada.

Sim, mais uma vez passei a noite a bordo de um ônibus, vindo para São Paulo, numa viagem de quase 450 quilômetros. Trabalhei muito o dia todo e uma sexta-feira agitada me esperava na capital. Precisava dormir bem, portanto. Depois dos quilômetros iniciais, em que a euforia sempre leva alguns a conversar com o passageiro mais próximo ou com alguém num celular, aos poucos todos foram se aquietando e começando a dormir. Ou quase todos, pelo menos. Depois de 3 horas de viagem, a primeira parada chegou. Eu dormia profundamente e assim continuei, ou, pelo menos, tentei continuar, mesmo em meio à agitação do sobe e desce de gente do ônibus, cheiro de coxinha a bordo, saquinhos plásticos rangendo etc. Mas sobre isso acho que já falei em outro post em que comentava viagens noturnas em ônibus, e neste eu quero falar de outra coisa. Depois da parada, consegui pegar no sono de novo. Quando faltava mais ou menos uma hora para chegar em São Paulo, comecei a ouvir um barulhinho assim: Era repetido a

Barulho bom!

Pra quem acha que a minha ranhetice chegou a níveis insuportáveis, vou dar uma trégua: hoje vou falar de uma cena barulhenta que alegrou a minha segunda-feira! Começou quando li na coluna "Bombou na web", da revista Época desta semana, a notícia abaixo: "A T-Mobile, empresa de celulares, passou uma cantada em seus clientes: 'Encontre-me às 18 horas do dia 30 de abril na Praça Trafalgar, no centro de Londres'. Mesmo sem saber o que seria feito, mais de 13 mil pessoas compareceram. Microfones foram distribuídos aos presentes e um telão gigantesco se acendeu, mostrando a letra da canção 'Hey Jude', dos Beatles. O karaokê gigante virou uma campanha publicitária. Dezenas de vídeos gravados pelo celular foram parar no YouTube no mesmo dia. O vídeo oficial foi ao ar dois dias depois. Já foi visto mais de 400 mil vezes." Lá fui eu, a beatlemaníaca de plantão, ao YouTube assistir a cena: http://www.youtube.com/watch?v=orukqxeWmM0 . Achei tão bonito! Todo mun

Barulho bom!

Pra quem acha que a minha ranhetice chegou a níveis insuportáveis, vou dar uma trégua: hoje vou falar de uma cena barulhenta que alegrou a minha segunda-feira! Começou quando li na coluna "Bombou na web", da revista Época desta semana, a notícia abaixo: "A T-Mobile, empresa de celulares, passou uma cantada em seus clientes: 'Encontre-me às 18 horas do dia 30 de abril na Praça Trafalgar, no centro de Londres'. Mesmo sem saber o que seria feito, mais de 13 mil pessoas compareceram. Microfones foram distribuídos aos presentes e um telão gigantesco se acendeu, mostrando a letra da canção 'Hey Jude', dos Beatles. O karaokê gigante virou uma campanha publicitária. Dezenas de vídeos gravados pelo celular foram parar no YouTube no mesmo dia. O vídeo oficial foi ao ar dois dias depois. Já foi visto mais de 400 mil vezes." Lá fui eu, a beatlemaníaca de plantão, ao YouTube assistir a cena: http://www.youtube.com/watch?v=orukqxeWmM0 . Achei tão bonito! Todo mun

Dia do silêncio

Minha amiga Drika me avisou pelo Twitter: 7 de maio é o Dia do Silêncio. E foi ontem! Alguém notou? Eu não... Andei pesquisando pela internet a origem da data, mas não consegui descobrir nada. Achei uma matéria sobre ele no site da Prefeitura de São Paulo, inclusive com informações sobre o Psiu ( http://www2.prefeitura.sp.gov.br/noticias/ouvidoria/2007/05/0001 ), mas ainda sem a explicação que eu procurava. Mais tarde, dei de cara com o Jornal da Tarde, numa banca de revista, trazendo na capa a manchete: "Ex-chefe do Psiu: há bares e igrejas intocáveis em SP". Comprei, é claro! Ali o ex-chefe do Psiu, o coronel reformado Fernando Coscioni, denuncia que teria sido levado a se demitir, antes que fosse exonerado, porque seu trabalho estaria incomodando alguns políticos, que inclusive pressionaram o Psiu para reabrir alguns locais fechados pela fiscalização. Ele diz que alguns bares de Pinheiros, as casas de Lilian Gonçalves (Rede Biroska), e o Teatro dos Parlapatões seriam "

Dia do silêncio

Minha amiga Drika me avisou pelo Twitter: 7 de maio é o Dia do Silêncio. E foi ontem! Alguém notou? Eu não... Andei pesquisando pela internet a origem da data, mas não consegui descobrir nada. Achei uma matéria sobre ele no site da Prefeitura de São Paulo, inclusive com informações sobre o Psiu ( http://www2.prefeitura.sp.gov.br/noticias/ouvidoria/2007/05/0001 ), mas ainda sem a explicação que eu procurava. Mais tarde, dei de cara com o Jornal da Tarde, numa banca de revista, trazendo na capa a manchete: "Ex-chefe do Psiu: há bares e igrejas intocáveis em SP". Comprei, é claro! Ali o ex-chefe do Psiu, o coronel reformado Fernando Coscioni, denuncia que teria sido levado a se demitir, antes que fosse exonerado, porque seu trabalho estaria incomodando alguns políticos, que inclusive pressionaram o Psiu para reabrir alguns locais fechados pela fiscalização. Ele diz que alguns bares de Pinheiros, as casas de Lilian Gonçalves (Rede Biroska), e o Teatro dos Parlapatões seriam "

Barulho na Globo

No fim das contas, acabei quase perdendo o programa Profissão repórter do dia 21 de abril! Não fosse o lembrete via Twitter que me mandou o amigo Sandro Fortunato (do blog super legal "Sempre algo a dizer" - http://www.sandrofortunato.com.br/ - que eu sigo religiosamente), teria deixado de ver na tv aquilo que ele chamou de "sucursal do inferno". Pra quem assistiu, fica fácil entender a expressão que ele usou: concursos de quem tem o som mais potente nos carros, televisão transmitindo jogo ao vivo nas ruas, com altofalante e torcida e ainda seguido de show de forró comemorativo, moradores de um prédio construído em cima de um viaduto, shows de hard rock com os próprios músicos tocando de tampão no ouvido etc. Enfim, tudo aquilo que acaba com o nosso sossego, exemplos literalmente gritantes dos extremos a que a insanidade humana pode chegar, como o do cara que gasta mais do que ganha por mês para comprar UM altofalante para o carro. Ou o dos pais que deixam a crianç

Barulho na Globo

No fim das contas, acabei quase perdendo o programa Profissão repórter do dia 21 de abril! Não fosse o lembrete via Twitter que me mandou o amigo Sandro Fortunato (do blog super legal "Sempre algo a dizer" - http://www.sandrofortunato.com.br/ - que eu sigo religiosamente), teria deixado de ver na tv aquilo que ele chamou de "sucursal do inferno". Pra quem assistiu, fica fácil entender a expressão que ele usou: concursos de quem tem o som mais potente nos carros, televisão transmitindo jogo ao vivo nas ruas, com altofalante e torcida e ainda seguido de show de forró comemorativo, moradores de um prédio construído em cima de um viaduto, shows de hard rock com os próprios músicos tocando de tampão no ouvido etc. Enfim, tudo aquilo que acaba com o nosso sossego, exemplos literalmente gritantes dos extremos a que a insanidade humana pode chegar, como o do cara que gasta mais do que ganha por mês para comprar UM altofalante para o carro. Ou o dos pais que deixam a crianç

Dica desta semana

Um amigo e seguidor deste blog me avisa que barulho é o tema da próxima edição do programa Profissão Repórter, na TV Globo, nesta terça-feira, 21 de abril de 2009. Fui lá na página da Globo conferir, e encontrei esses dados: "Os repórteres Thiago Jock e Caio Cavechinni acompanham um campeonato de som entre carros superequipados no interior de Minas Gerais. Funk na maior altura, confusão com a polícia, muito barulho em volume máximo. Os repórteres Felipe Gutierrez e Mariane Salerno vão ao Rio de Janeiro mostrar como é viver em apartamentos sobre túneis ou na beira de viadutos. Fica difícil gravar as entrevistas enquanto os carros e ônibus passam a metros das janelas dos moradores. Os repórteres Gabriela Lian e Felipe Suhre - o novato da equipe - registram a tensão entre os moradores e os bares de um bairro boêmio de São Paulo, a Vila Madalena. Num único quarteirão, são 10 bares e muitas noites de insônia para os vizinhos. Caco Barcellos registra um momento emocionante: o instante e

Dica desta semana

Um amigo e seguidor deste blog me avisa que barulho é o tema da próxima edição do programa Profissão Repórter, na TV Globo, nesta terça-feira, 21 de abril de 2009. Fui lá na página da Globo conferir, e encontrei esses dados: "Os repórteres Thiago Jock e Caio Cavechinni acompanham um campeonato de som entre carros superequipados no interior de Minas Gerais. Funk na maior altura, confusão com a polícia, muito barulho em volume máximo. Os repórteres Felipe Gutierrez e Mariane Salerno vão ao Rio de Janeiro mostrar como é viver em apartamentos sobre túneis ou na beira de viadutos. Fica difícil gravar as entrevistas enquanto os carros e ônibus passam a metros das janelas dos moradores. Os repórteres Gabriela Lian e Felipe Suhre - o novato da equipe - registram a tensão entre os moradores e os bares de um bairro boêmio de São Paulo, a Vila Madalena. Num único quarteirão, são 10 bares e muitas noites de insônia para os vizinhos. Caco Barcellos registra um momento emocionante: o instante e